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Conservadores tentam formar coalizão com liberais democratas

Por Da Redação
7 Maio 2010, 16h16

Os conservadores anunciaram nesta sexta-feira que podem compartilhar o poder com os liberais democratas, terceiro partido britânico, após terem fracassado por pouco em obter a maioria absoluta nas eleições legislativas da última quinta-feira. O atual primeiro-ministro, o trabalhista Gordon Brown, no entanto, ainda não fala em derrota.

O líder dos conservadores, David Cameron, conversou na tarde desta sexta com o líder dos liberais democratas, Nick Clegg, e disse que o diálogo foi “muito construtivo”. “Quero fazer uma oferta ampla, aberta e global aos liberais democratas. Creio que temos uma base sólida para um governo sólido”, afirmou Cameron, acrescentando que as negociações iriam começar “agora”.

O conservador restringiu, no entanto, os assuntos que estaria disposto a negociar e os que ficariam de fora do acordo. Cameron citou particularmente temas relacionados à Europa: os ‘tories’ (conservadores) descartam a adoção do euro, enquanto os liberais fizeram disso uma de suas metas “de longo prazo”. “Acho que nenhum governo deveria dar mais poder à União Europeia”, disse David Cameron.

O conservador, porém, aceitou iniciar uma reflexão sobre a reforma eleitoral, tão desejada pelos liberais.

Apuração – Segundo os resultados oficiais definitivos, os ‘tories’ conseguiram a sua primeira vitória eleitoral desde 1992, com 306 deputados (10,7 milhões ou 36,1% dos votos), cem a mais do que nas legislativas anteriores, em 2005. Mesmo assim, ficaram a 20 assentos de conquistar a maioria absoluta de 326 na Câmara dos Comuns, câmara baixa do Parlamento.

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Com 258 deputados eleitos (8,6 milhões ou 29% dos votos), o Partido Trabalhista do primeiro-ministro Gordon Brown registrou seu pior resultado em termos de votos desde 1983, perdendo mais de 90 deputados.

Os ‘Lib Dems’ ficaram em terceiro lugar, com 57 assentos (6,8 milhões ou 23% dos votos), cinco a menos do que na atual câmara. O líder do partido Nick Clegg reconheceu que foi um resultado “decepcionante”. O “terceiro homem” do cenário político britânico não conseguiu transformar em vagas na câmara a súbita popularidade que ganhou graças aos primeiros debates transmitidos pela televisão na história do país.

Trabalhistas – Frente às negociações entre conservadores e liberais que se anunciam árduas, pela divergência de posições, Gordon Brown se mantém à espera. “Se as discussões entre Cameron e Clegg fracassarem, então, certamente, estarei disposto a discutir com Clegg assuntos sobre os quais um entendimento poderá ser possível entre nossos dois partidos”, ressaltou Brown, sem reconhecer uma derrota eleitoral.

Nick Clegg disse que os ‘tories’ tinham a prioridade para tentar formar um novo governo. “Acho que cabe agora ao Partido Conservador provar que é capaz de tentar governar pelo interesse geral”, declarou Clegg. Durante a campanha, porém, ele havia sugerido que poderia aceitar uma aliança com os trabalhistas, se Brown não permanecesse no cargo de primeiro-ministro.

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Alianças – Para liderar o governo, os conservadores poderão formar uma base minoritária, ou se entender com os ‘Lib Dems’ e com pequenos partidos, como os irlandeses pró-Grã-Bretanha, que conseguiram oito assentos.

Mas, o sistema britânico permite que o primeiro-ministro atual se mantenha no poder, contanto que não se torne evidente que não há mais base para governar, o que o levaria à renúncia.

A ausência de maioria absoluta gerou no país o primeiro “hung parliament� (ou “parlamento enforcado”, em tradução livre) desde 1974.

As eleições tiveram uma grande participação (mais de 65%), mas foram marcadas por suspeitas de irregularidades. A comissão eleitoral anunciou uma “investigação aprofundada” depois que centenas de eleitores foram impedidos de votar em razão das longas filas de espera.

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(Com agência France-Presse)

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