Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Conservador Guillermo Lasso é eleito presidente do Equador

Resultado representa revés para movimento político instaurado por Rafael Correa no país e derrota para a esquerda na América do Sul

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 abr 2021, 09h21 - Publicado em 12 abr 2021, 09h11

O ex-banqueiro Guillermo Lasso foi eleito presidente do Equador neste domingo 11. Lasso faz parte da direita conservadora e derrotou o economista de esquerda e herdeiro político do ex-mandatário Rafael Correa, Andrés Arauz.

Lasso recebeu 52,49% dos votos, contra 47,51% de Arauz no segundo turno. O ex-banqueiro havia concorrido à presidência do Equador em 2013 e 2017, mas foi derrotado. Na votação deste ano, contou com o apoio de empresários, alguns meios de comunicação e eleitores desencantados com o socialismo pregado por Correa.

“Este é um dia histórico, um dia em que todos os equatorianos decidiram seu futuro, expressaram com seu voto a necessidade de mudança e o desejo de dias melhores para todos”, declarou Lasso diante de apoiadores reunidos em Guayaquil.

Lasso assumirá o comando do país a partir de 24 de maio, substituindo o impopular Lenín Moreno, que deixa o cargo hostilizado pelas críticas à gestão da pandemia da Covid-19 e seus efeitos econômicos.

Revés para a esquerda

A vitória de Lasso é uma derrota para o correismo, apelido dado ao movimento político instaurado por Rafael Correa (2007-2017). O ex-presidente, que mora na Bélgica desde que deixou o cargo, está inabilitado para cargos públicos no Equador após ter sido condenado a oito anos de prisão por corrupção em 2019.

Continua após a publicidade

Estas foram as primeiras eleições gerais desde o fim de seu governo. Lenín Moreno foi eleito há quatro anos apoiado por Correa, de quem foi vice entre 2007 e 2013. Mas depois de assumir o poder em 2017, distanciou-se do ex-chefe de Estado por não compartilhar com suas posições, como a de enfrentar a imprensa, os bancos e os empresários, e deu uma guinada, retomando os vínculos com os Estados Unidos, país do qual o antecessor foi um duro crítico.

O triunfo de Lasso também deve ter um enorme impacto regional, porque retarda a virada para a esquerda que a América do Sul havia começado com Alberto Fernández na Argentina e Luis Arce na Bolívia.

“Este é um revés eleitoral, mas de forma alguma uma derrota política ou moral”, declarou Arauz em discurso aos partidários em Quito. O candidato revelou que telefonará para o concorrente para parabenizá-lo. “Que lhe mostrar as convicções democráticas de poder continuar contribuindo para o desenvolvimento do país quando se trata de beneficiar a maioria de nosso povo e de se opor de forma construtiva e responsável quando eles simplesmente procuram servir aos privilégios”, disse.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.