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Conselho de Segurança da ONU: EUA vetam resolução para cessar-fogo em Gaza

Washington, porém, continua negociando texto para trégua temporária; proposta americana exige suspensão temporária nos combates 'assim que possível'

Por Da Redação
20 fev 2024, 13h52

Os Estados Unidos vetaram, nesta terça-feira, uma proposta de resolução apresentada no Conselho de Segurança das Nações Unidas pela Argélia, que exigia “um cessar-fogo humanitário imediato” na Faixa de Gaza. No entanto, Washington continua negociando um projeto alternativo, que propõe um cessar-fogo temporário “assim que possível” e alerta Israel contra a invasão da cidade de Rafah.

A proposta da Argélia vinha sendo elaborado há três semanas. O texto, entre outros pontos, exigia a libertação de todos os reféns feitos pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro (segundo Israel, ainda há 134 pessoas em cativeiro em Gaza) e opunha-se ao “deslocamento forçado da população civil palestina”.

Até agora, apenas os americanos rejeitaram pública e consistentemente as exigências de um cessar-fogo total nas resoluções do Conselho de Segurança sobre a guerra na Faixa de Gaza, em sinal de apoio ao aliado Israel. Washington já havia sinalizado que vetaria o projeto da Argélia, já que, diferente de propostas anteriores, não condenava o ataque do Hamas.

Nos bastidores

Os Estados Unidos, contudo, esboçaram uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que pede um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza “o mais rápido possível” e que se opõe à ofensiva terrestre de Israel na cidade de Rafah. O documento, apresentado na segunda-feira 19, diz que o Conselho de Segurança deveria destacar “seu apoio por um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rápido possível, com base na fórmula de que todos os reféns sejam libertados”, enquanto ao mesmo tempo “suspende todas as barreiras à entrega de assistência humanitária” em Gaza.

Depois de resistência de Washington a apoiar um cessar-fogo regional, o movimento segue a recente conversa que o presidente americano, Joe Biden, teve com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. No início do mês, o democrata reconheceu que a resposta militar de Israel foi “exagerada,”, citando o alto número de mortes entre civis palestinos.

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Em relação ao veto à proposta de resolução da Argélia, Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, afirmou que o texto colocaria em risco “negociações sensíveis”.

“Não podemos apoiar uma resolução que colocaria em risco negociações sensíveis”, disse ela. “Não se trata, como afirmaram alguns membros, de um esforço americano para encobrir uma iminente incursão terrestre, mas sim de uma declaração sincera de nossa preocupação com os 1,5 milhão de civis que buscaram refúgio em Rafah”, acrescentou, referindo-se à cidade do sul de Gaza, antes tida como refúgio, que está na iminência de uma invasão terrestre pelas forças israelenses.

Pelo menos 29.092 pessoas morreram e 69.028 ficaram feridas em ataques israelenses a Gaza desde 7 de outubro, segundo as autoridades palestinas. Entre israelenses, ao menos 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo grupo militante palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro.

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