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Conrad Murray recebe pena máxima pela morte de Michael Jackson

Por Da Redação
29 nov 2011, 19h10

Fernando Mexía.

Los Angeles (EUA), 29 nov (EFE).- O médico Conrad Murray foi condenado nesta terça-feira a quatro anos de prisão pela morte de Michael Jackson, a pena máxima para um caso de homicídio involuntário, segundo decretou o juiz Michael Pastor, da Corte Superior de Los Angeles.

O cardiologista cumprirá sua pena na prisão do condado, mas falta determinar como se executará a decisão judicial em virtude das novas leis penitenciárias californianas criadas para combater a aglomeração carcerária.

As novas regras reservam o espaço nas prisões estaduais para os criminosos mais perigosos, uma categoria que não inclui o homicídio involuntário.

Essas mesmas normativas reduzem automaticamente a pena de quatro para dois anos, embora as autoridades do condado possam inclusive deixar que Murray pague sua dívida com a sociedade em sua casa com o controle de um bracelete de localização.

O promotor do distrito, Steve Cooley, reconheceu hoje sua frustração por não conseguir que Murray cumpra integralmente sua pena nos termos estipulados pelo juiz e se queixou do sistema judiciário, mas assegurou que tentarão buscar uma via legal para modificar esta situação.

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No momento em que ditou a sentença, o juiz Pastor se mostrou muito crítico com o condenado a quem considerou um ‘perigo para a comunidade’ que nunca mostrou arrependimento e chegou a culpar o próprio Jackson em um documentário transmitido recentemente na televisão.

O ‘rei do pop’ morreu no dia 25 de junho de 2009 vítima de uma intoxicação aguda do anestésico propofol administrado por Murray, segundo ficou provado no julgamento que terminou com veredicto de culpabilidade no último dia 7 de novembro.

‘Murray se envolveu em um ciclo de medicina horrível e no uso de propofol para uma loucura médica em que violou sua obrigação por dinheiro, fama, prestígio ou qualquer outra coisa que tenha podido acontecer’, comentou Pastor.

O juiz considerou que Murray, de 58 anos, mentiu para os paramédicos, tentou destruir provas, se esforçou para ocultar o ocorrido e distorceu os fatos em seu relato aos investigadores com a intenção de ‘buscar uma saída’ e não para proteger seu paciente.

Pastor se mostrou especialmente indignado pelo fato de Murray ter gravado a voz de Jackson quando este estava drogado pelos efeitos de algum remédio, algo que pôde ser escutado durante o julgamento, e que o magistrado considerou que tinha um fim malicioso.

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‘Era um seguro de vida e não posso evitar de perguntar o valor dessa gravação se tivesse havido algum problema entre Michael Jackson e Murray e (ele) decidisse oferecê-la a algum meio de comunicação para ser usada contra Jackson’, continuou o juiz.

Pastor determinou então que Murray merecia a pena máxima para um homicídio involuntário na Califórnia, como pedia a acusação.

‘Qualquer um que olhe isto de forma objetiva tem que chegar à conclusão que Conrad Murray abandonou seu paciente e isso é uma vergonha para a profissão médica’, sentenciou. Os advogados de Murray afirmaram que apelarão entre hoje e amanhã.

A Promotoria também pediu a Pastor que a condenação incluísse o pagamento de uma indenização superior a US$ 100 milhões pelas perdas que a morte de Jackson ocasionaram a sua família e herdeiros, já que o cantor tinha vendidos os ingressos para 50 shows que realizaria a partir de julho de 2009 em Londres.

O magistrado pediu mais documentação e tempo para analisá-la antes de tomar uma decisão a esse respeito e convocou as partes para uma nova audiência para o dia 23 de janeiro do ano que vem.

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O advogado de defesa, Ed Chernoff, garantiu que seu cliente ‘nunca poderá pagar US$ 100 milhões’. EFE

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