Congresso aprova ajuda de US$ 9,7 bi para vítimas de Sandy
Parlamentares aprovaram primeira parte de pacote de 60 bilhões de dólares
O congresso americano aprovou nesta sexta-feira a liberação de 9,7 bilhões de dólares em ajuda às vítimas da tempestade Sandy, que atingiu o país no final de outubro. O dinheiro será destinado ao Programa Nacional de Seguro contra Enchente, que faz pagamentos a milhares de proprietários de imóveis que tiveram perdas. A aprovação veio depois de muita pressão dos estados de Nova York e New Jersey, os mais afetados pela passagem da tempestade.
A Câmara dos Representantes aprovou a medida por 354 votos a 67. No Senado, dominado por democratas, a aprovação foi por unanimidade. O texto será enviado para sanção do presidente Barack Obama..
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O montante é a primeira fatia de um pacote que prevê recursos para a reconstrução de pontes, túneis, sistemas de transporte, pagamento de hora extra de policiais, bombeiros e equipes de resgate, financiamento de projetos de prevenção de desastres. No próximo dia 15, o Congresso deverá votar a liberação de outros 51 bilhões de dólares.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, cancelou no início desta semana a votação do pacote completo, em meio às difíceis negociações em torno de um acordo sobre o “abismo fiscal”. Foi criticado pelos que acham que a ajuda já está vindo muito tarde e pouco faria para ajudar a maior parte das vítimas da tempestade. “Levou apenas 10 dias depois do Katrina para o presidente Bush assinar uma ajuda de 60 bilhões de dólares”, disse o deputado democrata de Nova Jersey Bill Pascrell, referindo-se ao furacão de 2005 que devastou a Costa do Golfo.
Galeria de imagens: A passagem da tempestade Sandy pela costa americana
A próxima etapa de votação deve ser mais complicada, pois não há consenso em relação ao texto. Alguns republicanos criticam a inclusão de itens que não estão diretamente relacionados aos problemas decorrentes da tempestade, como uma parcela de 150 milhões de dólares para o setor de pesca no Alasca.
Há também os que são contrários à aprovação de novos gastos em um momento em que o país precisa cortar custos. Essa discussão poderá levar a um novo fatiamento do pacote: 17 bilhões de dólares podem ser liberados para necessidades imediatas e outros 33 bilhões para projetos de longo prazo.
(Com agência Reuters)