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Confrontos entre forças de segurança e manifestantes deixaram mais de 170 mortos nesta sexta-feira

Após protestos, governo defendeu a dissolução da Irmandade Muçulmana

Por Da Redação
17 ago 2013, 11h25

Confrontos violentos entre simpatizantes da Irmandade Muçulmana e forças de segurança mataram 173 pessoas em todo o Egito na sexta-feira, incluindo 95 na região central da capital Cairo. As mortes aconteceram após as forças de segurança reprimirem os manifestantes islamitas, que haviam convocado uma “sexta-feira da ira” em protesto contra a deposição do presidente Mohamed Mursi, membro da Irmandade, no mês passado.

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição, que não foi aceito pelos membros da Irmandade Muçulmana.

Leia mais no Tema ‘Revolta no Egito’

Um balanço anterior divulgado logo após o confronto falava em cerca de 80 mortes. Os dados atualizados pelo Ministério da Saúde também divulgam o número de 1.330 pessoas feridas – 596 apenas no Cairo.

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O primeiro-ministro egípcio, Hazem el-Beblawi, propôs a dissolução legal da Irmandade Muçulmana. Beblawi fez a proposta ao ministro de Assuntos Sociais, o Ministério responsável por licenciar entidades não-governamentais. Segundo Sharif Shawky, porta-voz do governo, a proposta está sendo estudada.

Irmandade – O Ministério do Interior do Egito informou neste sábado que as forças de segurança detiveram 1.004 membros da Irmandade Muçulmana nas últimas horas, além de terem apreendido uma considerável quantidade de armas e munição. Em comunicado, o governo afirmou que as detenções estão sendo realizadas em todas as províncias do país, em operações para fazer frente às “tentativas terroristas de elementos da Irmandade Muçulmana, que deseja empurrar o país para um ciclo de violência”.

Segundo o Ministério, entre outros atos de violência registrados ontem, membros da Irmandade teriam atacado uma delegacia policial no bairro de Ramsés e provocado incêndio em um edifício da empresa construtora Arab Contractors.

Fundada em 1928, a Irmandade foi dissolvida pelo regime militar do Egito em 1954, mas se registrou como uma organização não-governamental em março deste ano, em resposta a um processo legal movido por opositores do grupo que contestavam sua legalidade.

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A Irmandade também tem um braço político legalmente registrado, o Partido Liberdade e Justiça, estabelecido em 2011, depois da revolta que levou à deposição do ex-líder autocrático Hosni Mubarak.

(Com agência Reuters e EFE)

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