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Confronto entre polícia e manifestantes pró-Evo deixa 5 mortos na Bolívia

Enfrentamento ocorreu quando cocaleiros tentavam furar um bloqueio militar em uma ponte; ex-presidente condenou ‘massacre’

Por Redação
Atualizado em 16 nov 2019, 10h27 - Publicado em 16 nov 2019, 10h02

Um violento confronto entre policiais e manifestantes pró-Evo Morales deixou cinco mortos na noite de sexta-feira 15 na Bolívia. O enfrentamento ocorreu perto da cidade de Cochabamba, na região central do país, e deixou mais de vinte feridos. Militares e policiais tinham levantado um bloqueio na ponte Huayllani para evitar que os cocaleiros do Chapare, reduto de Evo, entrassem na cidade e, segundo as autoridades, os confrontos começaram quando os indígenas forçaram a passagem.

Do México, onde está asilado, o ex-presidente boliviano condenou a ação e pediu que as autoridades do país “parem o massacre”. “Denuncio ao mundo que o regime golpista que tomou o poder por assalto em minha querida Bolívia reprime com balas das Forças Armadas e da polícia o povo que pede pacificação e a reposição do estado de direito”, escreveu Evo em seu Twitter.

O ex-presidente ainda classificou como “ditadura” o governo da presidente interina Jeanine Áñez, citando também os opositores Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho. “Para justificar o golpe, Mesa e Camacho nos acusaram de ‘ditadura’. Agoram sua ‘presidenta’ autoproclamada e seu gabinete de advogados defensores de violadores e repressores, massacra o povo com as Forças Armadas e a polícia como a verdadeira ditadura”, comentou.

Os detalhes do confronto estavam incertos, mas o estudante universitário Emeterio Colque, de 23 anos, disse que as vítimas foram mortas a tiros, versão confirmada por outras testemunhas. Nelson Cox, da Defensoria do Povo de Cochabamba, pediu investigação para apurar responsabilidades. De acordo com o governo, dez pessoas morreram desde o início da crise, provocada pelas contestadas eleições de 20 de outubro. Os manifestantes pró-Evo falam em 20 mortos.

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou em um comunicado o “uso desproporcional da força policial e militar”, enquanto confirmou os cinco mortos. A CIDH informou ainda que “as armas de fogo devem estar excluídas dos dispositivos utilizados pelo controle dos protestos sociais”.

O comandante da polícia de Cochabamba, por sua vez, acusou os manifestantes de portar armas de fogo, bombas caseiras e coquetéis molotov. “Estão usando dinamite e armamento letal como (fuzis) Mauser 765. Nem as forças armadas, nem a polícia têm esse calibre, por isso estou alarmado”, disse o coronel Jaime Zurita.

(Com Estadão Conteúdo, AFP e EFE)

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