Pelo menos seis palestinos morreram e sete ficaram feridos em um confronto entre soldados israelenses no sul da Faixa de Gaza, informaram fontes oficiais palestinas. Ainda não está claro o que desencadeou o embate. Logo após uma troca de tiros na noite de sábado, sirenes de ataque aéreo soaram no sul de Israel, anunciando foguetes vindos de Gaza.
O confronto aconteceu quando os governantes do Hamas, de Israel e de Gaza pareciam fazer progresso em direção a um cessar-fogo não oficial. Na semana passada, Israel permitiu que o Qatar entregasse 15 milhões de dólares ao Hamas, enquanto o grupo palestino reduzia sua atividade ao longo da fronteira israelense.
“Cinco palestinos foram mortos e outros sete foram feridos como resultado de um ataque das forças de ocupação de Israel contra um grupo na zona leste de Khan Yunis”, informou o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qedra.
Até o momento, cinco deles foram identificados: Nur Barake, de 37 anos; Mohammed Majid Mousa Qara, de 23; Alaa al Din Muhamad Qwaider, de 22; Mustafa Hassan Mohammed Abu Odeh, de 21; e Mahmoud Attallah Musabeh, de 25. A nota não identifica a sexta pessoa e não informa o estado de saúde dos feridos.
O órgão também não disse se as vítimas são milicianos, mas fontes oficiais do Hamas disseram que sim.
O porta-voz do Ministério de Interior de Gaza, órgão controlado pelo Hamas, enviou uma breve nota aos jornalistas informando que ocorreu um confronto no qual “vários membros da resistência armada” morreram. As forças do Hamas colocaram o território em estado de alerta.
O Ministério de Informação de Gaza, também nas mãos do grupo, explicou que “uma força da resistência enfrentou uma tentativa de ataque das forças de ocupação em Khan Yunis. Esta tentativa matou e feriu uma quantidade indeterminada de palestinos membros da resistência armada e causou perdas à ocupação (Israel)”.
O serviço de emergência do Crescente Vermelho (instituição equivalente à Cruz Vermelha) acrescentou que os bombardeios israelenses contra alvos militares continuam e que recebeu três pessoas mortas.
O Exército de Israel confirmou ter feito uma operação na Faixa de Gaza com “troca de tiros” e, depois de rumores nas redes sociais, negou que um soldado seu tenha sido sequestrado, embora não tenha confirmado se sofreu baixas na ação.
Por enquanto, o governo de Israel não se manifestou sobre o caso, mas Avigdor Lieberman, ministro da Defesa, foi chamado de urgência para uma reunião com importantes comandantes na sede do Exército em Tel Aviv.
(com EFE e Estadão Conteúdo)