Um conflito pela posse de terras deixou, pelo menos, 50 pessoas mortas no sábado em duas comunidades vizinhas em Ebonyi, sul da Nigéria, ao mesmo tempo em que o presidente Goodluck Jonathan decretou estado de emergência em várias regiões do país para pôr fim à violência atribuída à seita islamita Boko Haram.
“Ainda não temos um número exato das vítimas porque várias pessoas foram assassinadas a machadadas nos bosques próximos”, pelo que os dados de que dispomos podem aumentar, disse o porta-voz da polícia do estado de Ebonyi, John Elu.
Os confrontos, no entanto, não teriam ligação com os ataques da seita islamita Boko Haram, enfatizou.
O número divulgado até agora pelo governo fica entre 38 e 40 pessoas mortas, quando um grupo rival da comunidade Ezza atacou os moradores da vizinha Ezilo.
Os conflitos por terras são frequentes na Nigéria, especialmente entre criadores de gado e agricultores.
Mais cedo, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, declarou estado de emergência nas regiões do país afetadas pela violência da seita islamita Boko Haram e anunciou o fechamento de uma parte das fronteiras das áreas afetadas, como forma de controlar atividades terroristas.
“Enquanto buscamos soluções, é imperativo tomar algumas medidas para restaurar a normalidade, especialmente nas comunidades afetadas”, afirmou Jonathan, na mensagem por rádio e TV.
Uma onda de atentados contra igrejas cometidos no dia de Natal deixou 49 mortos. A seita Boko Haram, que quer impor um Estado Islâmico na Nigéria, assumiu a responsabilidade pelos ataques.