Sana, 18 mar (EFE).- Pelo menos 2 mil pessoas morreram e mais de 22 mil ficaram feridas durante os conflitos que resultaram na queda do presidente Ali Abdullah Saleh, segundo relatório governamental divulgado neste domingo.
O estudo foi apresentado pela ministra iemenita de Direitos Humanos, Huria Mashur. Nele constam que entre as vítimas estão 143 menores de idade e 20 mulheres.
‘Apesar dos protestos terem sido pacíficos, houve atos de violência, enfrentamentos armados e violações de direitos humanos’, afirma Mashur no relatório.
Esses atos de violência causaram, segundo o estudo, a destruição de diversas casas e instituições públicas, assim como o fechamento de mais de 800 negócios e deixaram quase um milhão de trabalhadores desempregados.
Nos protestos contra Saleh, que começaram no final de janeiro do ano passado e acabaram com sua saída definitiva do poder em fevereiro, as manifestações pacíficas se misturaram com os enfrentamentos entre tribos rivais e entre o Exército e militares desertores.
O presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, que sucedeu Saleh, emitiu no sábado um decreto para aprovar uma compensação mensal de aproximadamente US$ 160 para os familiares das vítimas e os feridos dos protestos. EFE