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Conferência de Londres arrecada mais de US$ 10 bi para ajudar a Síria

Por Da Redação
4 fev 2016, 17h35

A conferência organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Londres nesta quinta-feira para negociar ajuda humanitária à Síria se comprometeu a destinar mais de 10 bilhões de dólares (quase 40 bilhões de reais) aos refugiados sírios que fogem do conflito no país. “Nunca a comunidade internacional reuniu tanto dinheiro em um único dia para uma crise”, afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao término da reunião, que contou com a participação de líderes de mais de setenta países e ONGs.

O primeiro-ministro britânico David Cameron admitiu que apenas o dinheiro não solucionará a catástrofe humanitária na Síria, por isso pediu um “urgente” esforço para encerrar o banho de sangue naquele país e permitir uma “transição política”.

Além deste compromisso econômico – superior aos 9 bilhões de dólares anteriormente requisitados -, os presentes definiram que os países que receberam refugiados sírios – Turquia, Jordânia e Líbano – receberão empréstimos de aproximadamente 40 bilhões de dólares para que possam criar novos empregos, o que será fornecido por instituições financeiras internacionais.

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“Como resultado disso, haverá mais de um milhão de novos empregos na região para os refugiados e os residentes também”, acrescentou Cameron em referência aos países vizinhos à Síria. “O compromisso dos países que recebem um grande número de refugiados de abrir seus mercados trabalhistas é um avanço. Agradeço aos governos da Jordânia, do Líbano e da Turquia por escolherem a solidariedade acima do medo”, acrescentou Ban Ki-moon, que falou junto ao primeiro-ministro britânico.

A conferência, intitulada “Apoiar a Síria e a região”, foi organizada or ONU, Grã-Bretanha, Alemanha, Noruega e Kuwait, e é a quarta deste tipo (a última foi em março de 2015, no Kuwait). Ao longo do dia, políticos e representantes de ONGs abordaram assuntos relacionados ao conflito, mas principalmente a falta de escolarização de milhões de crianças, pois a guerra criou 4,6 milhões de refugiados, quase a metade deles menores de idade.

A prêmio Nobel da Paz de 2015, Malala Yousafzai, disse na conferência que não podia aceitar a afirmação das pessoas que consideram como “geração perdida” as crianças que fugiram deste conflito que já dura quase cinco anos. “O futuro da Síria depende das crianças e o futuro delas depende de vocês”, afirmou Malala ao pedir a ajuda da comunidade internacional para aliviar o sofrimento humano.

O premiê britânico deixou claro que a comunidade internacional ajudará a população síria “sempre que for necessário” e acrescentou que a ajuda humanitária dará “esperança” para que um dia possam voltar a seu país. Cameron explicou que um milhão de crianças deveriam conseguir acesso à educação ainda neste ano. “Isto não é só moralmente correto, mas vital para a estabilidade (da região) a longo prazo. Não podemos ter uma geração de refugiados sem escola, sem poder trabalhar, vulneráveis ao extremismo e à radicalização”, comentou.

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Negociações de paz – Na quarta-feira, a ONU suspendeu temporariamente as negociações de paz na Síria, que estavam sendo realizadas em Genebra. O emissário especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, pediu pela pausa afirmando que a reunião não obteve nenhum progresso nessa primeira semana. Os diálogos devem ser retomados no dia 25 de fevereiro. “As conversas de paz (em referência às realizadas nesta semana em Genebra) não deveriam ocorrer pela simples razão de falar. Os próximos dias devem ser utilizados para voltar à mesa de negociação”, especificou o secretário-geral da ONU nesta quinta.

O conflito civil é considerado o maior desastre humanitário do mundo, pois já criou 4,6 milhões de refugiados na região e uma crise migratória na Europa. De acordo com números divulgados pelos organizadores da conferência, 13,5 milhões de sírios necessitam assistência humanitária, enquanto 250 mil já morreram por causa da guerra.

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(Com EFE)

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