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Como punição a Maduro, EUA voltam a impor sanções contra Venezuela

Governo americano suspendeu bloqueio econômico mediante realização de eleições livres – o que Caracas sinalizou que não vai acontecer

Por Da Redação
30 jan 2024, 12h09

Os Estados Unidos anunciaram na noite de segunda-feira 29 que vão restabelecer uma série de sanções contra a Venezuela, como forma de punição ao líder do país, Nicolás Maduro, por impedir que políticos da oposição participem das eleições para presidente. Washington havia suspendido temporariamente parte do bloqueio econômico a Caracas, contanto que garantisse que a ida às urnas fosse livre e justa – coisa que o governo venezuelano já sinalizou que não deve acontecer.

A decisão do governo de Joe Biden ocorre depois que a Suprema Corte do país sul-americano, a serviço de Maduro, decidiu manter um bloqueio à candidatura da principal figura da oposição no país, Maria Corina Machado, na última sexta-feira 26. As prisões de vários membros da oposição foram confirmadas no mesmo dia.

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Toma lá, sem dá cá

Os Estados Unidos concederam certo alívio à Venezuela, membro da OPEP, em outubro do ano passado, suspendendo temporariamente uma parte das sanções contra o país em um acordo a respeito da realização de eleições neste ano. Em troca, Caracas teria que libertar presos políticos, incluindo alguns americanos detidos, e remover proibições impostas a uma série de figuras da oposição.

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+ Venezuela solta mais seis presos políticos após negociação com EUA

Embora Caracas tenha realizado uma troca de prisioneiros em dezembro, a ausência de Machado no pleito não cumpre parte do pacto.

Consequências

O Departamento do Tesouro americano disse na noite de segunda-feira que qualquer entidade dos Estados Unidos que conduza transações com a estatal venezuelana de mineração de ouro Minerven tem até 13 de fevereiro para encerrá-las. A Casa Branca também sugeriu que, caso Machado e outras figuras da oposição não possam concorrer à Presidência, todos os negócios com a indústria petrolífera da Venezuela serão interrompidos em 18 de abril.

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“Eles [Maduro e seu governo] têm até a primavera para honrar seus compromissos”, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, em entrevista coletiva diária. A primavera começa no final de março no Hemisfério Norte. “Eles têm decisões que precisam tomar antes de avaliarmos quais decisões tomaremos.”

+ Maduro posa com palhaços, mas há poucas razões para sorrir na Venezuela

Machado, uma engenheira industrial de 56 anos, venceu por esmagadora maioria as primárias da oposição em outubro. Na segunda-feira, ela disse que não se afastaria em favor de um substituto.

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“Não há recuo. Temos um mandato e vamos completá-lo”, afirmou em coletiva de imprensa em Caracas, acrescentando que a decisão do tribunal superior foi um “crime judicial”.

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