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Como Biden planeja mudar a resposta americana ao coronavírus

Presidente eleito vai começar seu esforços já nesta segunda, quando deve anunciar uma força-tarefa de seu governo com doze integrantes

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 nov 2020, 10h17 - Publicado em 9 nov 2020, 09h58

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo 8 o lançamento de uma equipe de transição de governo, que segundo ele se concentrará em desafios como enfrentar a pandemia do coronavírus, recuperar a economia, promover a igualdade racial e combater a mudança climática.

O mais urgente, de acordo com os planos preliminares de Biden e sua vice-presidente, Kamala Harris, é enfrentar a pandemia, especialmente porque os casos nos Estados Unidos dispararam para mais de 120.000 por dia, e o total de mortes passa de 237.000.  “O povo americano merece uma resposta rápida, robusta e profissional à crescente crise de saúde pública e econômica causada pelo surto de Covid-19”, diz o site do novo governo, que lista suas principais propostas.

Quando Biden assumir o cargo, em 20 de janeiro, o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington projeta que o total de mortes pela doença pode chegar a 372.000. “Quando o governo Biden-Harris assumir, esse vírus já terá se espalhado de forma desenfreada nas comunidades dos Estados Unidos”, disse a Dra. Megan Ranney, médica emergencial da Universidade Brown à emissora CNN.

Biden promete que vai começar seu esforços já nesta segunda-feira, 9, quando deve anunciar uma força-tarefa de seu governo com doze integrantes. O grupo terá diversos especialistas, entre os líderes estão o ex-cirurgião-geral Vivek Murthy, o ex-comissário da Food and Drug Administration (FDA), David Kessler, e a Dra. Marcella Nunez-Smith, da Universidade de Yale.

Em seu site de transição, o democrata ainda ele promete que levará em conta a ciência acima de tudo e lista uma série de medidas que irá tomar para combater o vírus. Entenda quais são as propostas do presidente eleito para a área da saúde e combate à Covid-19.

Testagem e rastreamento

A principal promessa de Biden é o investimento na testagem em massa e no rastreamento de casos e contágios pela Covid-19. O democrata diz que, durante seu governo, todos os americanos terão acesso a “testes regulares, confiáveis ​​e gratuitos”. Ele pretende ainda dobrar a oferta de postos de testagem em todo o país.

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O número de exames realizados diariamente cresceu muito nos Estados Unidos desde o início da pandeia, mas cientistas dizem que ainda não é suficiente. A testagem também é primordial para a identificação de novos focos da doença, reconhecimento de casos assintomáticos e rastreamento de possíveis contágios.

Vacina e tratamento

Desde março, a administração de Donald Trump gastou bilhões para desenvolver e ampliar vacinas e tratamentos contra a Covid-19. Sua meta é produzir e entregar 300 milhões de doses de vacinas seguras e eficazes até janeiro de 2021.

Joe Biden promete investir mais 25 milhões de dólares para produzir e distribuir as vacinas para todos os cidadãos americanos de graça. Sua campanha afirma ainda que tratamentos e outras drogas que auxiliam os pacientes contaminados serão barateados.

Máscara

Biden afirma que o uso da máscara passará a ser obrigatório em todo país. Um estudo realizado em outubro mostrou que se 95% dos americanos usassem máscaras, mais de 100.000 vidas poderiam ter sido poupadas desde o início da pandemia.

O democrata também promete que a produção de equipamentos de proteção individual será garantida sob a Lei de Produção de Defesa para que não falte em nenhum estado, cidade ou vilarejo.

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Ciência

Joe Biden, que passou boa parte de sua campanha criticando a abordagem de Trump, diz ainda que as autoridades sanitárias vão fornecer orientações baseadas em evidências científicas para que sejam tomadas decisões sobre novos isolamentos e como as escolas serão preparadas para enfrentar a pandemia.

O democrata ainda pretende ampliar o papel do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) no fornecimento de orientações específicas. Durante os últimos meses, Trump se afastou dos especialistas da organização e contradisse em diversos momentos as diretrizes defendidas por eles. O presidente ainda ameaçou demitir o chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, o infectologista Anthony Fauci.

Organização Mundial da Saúde (OMS)

O governo Trump iniciou formalmente o processo de retirada dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde em julho. Biden diz que quer restabelecer a relação com a OMS.

A administração do presidente eleito também planeja expandir a atuação do CDC em todo o mundo, de que forma que novas doenças possam ser identificadas com mais facilidade no futuro.

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