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Comitê de Direitos Humanos da ONU condena repressão na Síria

Por Mustafa Ozer
22 nov 2011, 17h01

Um importante comitê da Assembleia Geral da ONU condenou nesta terça-feira a repressão do governo sírio aos protestos, aumentando a pressão internacional sobre o presidente Bashar al-Assad.

Uma resolução foi aprovada por 122 votos a 13, com 41 abstenções no Comitê de Direitos Humanos da Assembleia Geral da ONU. Um enviado da Síria acusou os europeus que apoiaram a resolução – Reino Unido, França e Alemanha – de “incitar a guerra civil”.

A resolução “condenou fortemente as contínuas violações graves e sistemáticas dos direitos humanos pelas autoridades sírias”, destacando as “execuções arbitrárias” e a “perseguição” de manifestantes e defensores dos direitos humanos.

O comitê se juntou aos pedidos internacionais pelo fim da violência.

Rússia e China vetaram no mês passado uma resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando a repressão de Assad desde março, que, segundo a organização, causou a morte de 3.500 pessoas. Os dois países se abstiveram nesta votação.

“A comunidade internacional não pode permanecer em silêncio”, disse o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, em um debate sobre a resolução, em que ele ressaltou o fracasso do governo da Síria em aplicar o plano de paz da Liga Árabe.

O enviado da França, Gerard Araud, disse que uma condenação da ONU agora é “urgente porque esta é uma situação que está se deteriorando constantemente”, já que a Síria “rejeitou” o plano da Liga Árabe e o número de vítimas está aumentando.

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As nações árabes de Bahrein, Arábia Saudita, Jordânia, Kuwait, Marrocos e Qatar estavam entre os mais de 60 países que apresentaram em conjunto a resolução que, mais uma vez, pediu ao governo da Síria para suspender a violência.

No entanto, o enviado da Síria na ONU, Bashar Jaafari, acusou as nações europeias de conduzirem “uma guerra política, diplomática e de mídia”.

Ele disse que o Reino Unido, a França e a Alemanha eram “parte de uma escalada de violência” no país e que estavam “propagando a revolta violenta”.

“Como você pode acreditar que eles não estão interferindo quando, na verdade, estão incitando a guerra civil?”, disse Jaafari, que recebeu apoio nos discursos dos enviados de Irã, Coreia do Norte, Venezuela e Cuba.

“Não deixaremos as antigas forças coloniais interferirem em nossos assuntos novamente”, disse ele, indicando que o governo de Assad não mudará suas políticas.

Depois de Rússia e China terem vetado a resolução do Conselho de Segurança no mês passado, insistindo que isso seria usado como uma desculpa para promover a mudança de regime, as potências ocidentais indicaram que voltariam ao corpo supremo da ONU para conseguir a condenação.

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A ação da Liga Árabe de suspender a Síria e ordenar sanções fortaleceu as circunstâncias para a ação do Conselho de Segurança, de acordo com diplomatas ocidentais.

O Egito, onde novos conflitos estão abalando o país, apoiou a resolução. O embaixador saudita Abdullah al-Muallimi enfatizou os esforços da Liga Árabe para pôr fim à violência, mas acusou o governo de Assad dizendo que “obstáculos têm sido colocados em prática para impedir esses objetivos”.

Ele disse que a comunidade internacional “deve mandar uma mensagem para o povo Sírio” com a resolução.

Rússia e China se abstiveram da votação, mas a Rússia se opôs, desafiadoramente, a qualquer condenação em uma resolução formal ou qualquer discussão sobre sanções.

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse na segunda-feira que o apoio externo à oposição síria está gerando mais conflitos na região.

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