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Começam em Viena as negociações entre Irã e AIEA

Por Dieter Nagl
14 Maio 2012, 15h32

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e o Irã, suspeito de querer adquirir armas nucleares, retomaram as negociações nesta segunda-feira em Viena, três meses após o fracasso das duas visitas da agência para esclarecer a natureza do programa nuclear iraniano.

“Estamos aqui para manter nosso diálogo com um espírito positivo”, declarou o chefe dos inspetores da AIEA, Herman Nackaerts, durante sua chegada à representação permanente do Irã nas Nações Unidas, local onde serão realizadas as conversas com o enviado iraniano Ali Asghar Soltanieh até terça-feira.

“O objetivo destes dois dias é chegar a um acordo sobre como resolver todas as questões pendentes com o Irã. O esclarecimento de uma possível dimensão militar continua a ser nossa prioridade”, acrescentou.

A última vez que os dois se reuniram foi no início de fevereiro durante a segunda visita a Teerã, caracterizada como “fracasso” por Washington. Na ocasião, a AIEA observou “sérias discordâncias” com a República Islâmica.

A AIEA suspeita que o Irã tenha realizado na instalação militar de Parchin, a leste de Teerã, explosões de testes convencionais que poderiam ser aplicadas no âmbito nuclear, algo negado pelo país.

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A equipe de inspetores da agência afirmou que em janeiro e fevereiro o acesso a esta base foi negado, o que levou à suspensão das negociações.

Um relatório altamente crítico da agência apresentou uma série de novos elementos que indicam que o Irã havia trabalhado no desenvolvimento de armas atômicas até 2003 e, talvez, ainda continue. Na ocasião, Ali Soltanieh caracterizou o informe de “não profissional, desequilibrado, ilegal e politizado”.

Depois de mais uma tentativa de negociação em abril, considerada positiva, o Grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Grã-Bretanha e Alemanha) e o Irã devem aprofundar o assunto no dia 23 de maio, em Bagdá.

“Se o Irã e a AIEA conseguirem alguns avanços, acredito que o Grupo 5+1 verá isto de maneira positiva”, afirmou nesta segunda-feira um diplomata, que pediu anonimato.

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O ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, declarou no sábado que o país deseja uma “solução inaceitável” por todas as partes.

Teerã sugeriu que estaria pronto, sob condições, para desistir do enriquecimento de urânio em até 20%, centro do conflito com as grandes potências.

Enriquecido até 90%, o urânio entra na composição da bomba atômica.

O Irã é alvo de seis resoluções das Nações Unidas por seu programa nuclear, quatro delas acompanhadas de sanções.

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