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Combatentes líbios à espreita para tomar últimos redutos de Kadhafi

Por Por Rory Mulholland
22 set 2011, 16h40

Forças leais ao novo governo da Líbia afirmaram que estão à espreita para avançar rumo aos últimos redutos de Muamar Kadhafi, apesar de terem tomado duas cidades do sudeste, controladas pelo antigo regime.

O comandante da campanha aérea na Líbia, general Charles Bouchard, afirmou ter confiança de que a missão será completada em até três meses, após a aliança ter ampliado o prazo por mais 90 dias.

Nesta quinta, a Tunísia prendeu o ex-premiê líbio por entrar ilegalmente no país, afirmou o ministro da Justiça, e um oficial do antigo regime declarou que a produção de petróleo será retomada em breve, mas ainda vai demorar para atingir os níveis de produção anteriores à revolta.

“Nós retornaremos à produção nos próximos dias, mas as exportações vão demorar mais”, disse Mustafah el-Huni, responsável pela economia, as finança e pela comissão de petróleo no Conselho Nacional de Transição (CNT).

El-Huni acrescentou: “Ainda estamos longe de atingir a produção normal líbia de 1,6 milhão de barris de petróleo por dia”.

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Previsões otimistas indicam que poderá levar de seis a nove meses para um retorno aos níveis de produção anteriores à revolta que derrubou o regime Kadhafi, disse Huni, e um ano, de acordo com as previsões mais pessimistas.

Comandantes afirmam que as forças do novo regime controlam agora as três principais cidades no oásis de Al-Khufra nesta quinta-feira, 24 horas depois de terem anunciado a tomada da maior cidade desértica da Líbia, Sabha, no extremo sul.

A derrota dos partidários de Kadhafi nos oásis saarianos deixou suas forças restantes na cidade de Sirte, na costa do Mediterrâneo, e na cidade desértica de Bani Walid, sem rotas de comunicação com o sul.

“Al-Khufra – Hun, Waddan e Sokna – foi libertada”, disse um porta-voz militar na terceira maior cidade líbia, Misrata, em um comunicado nesta quinta-feira.

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“Nossas forças controlaram Waddan na terça-feira e capturaram a base entre Waddan e Hun na madrugada de quarta-feira, controlando Hun durante o dia”, disse um oficial do CNT à AFP na cidade de Benghazi na quarta-feira.

“Dois de nossos combatentes estão feridos. Houve 11 mortos e 25 feridos entre as fileiras de Kadhafi e nós capturamos 14”, disse Kamal al-Hzifeh, coordenador entre o comando militar em Al-Jufra e o CNT.

“Sabha está totalmente livre”, disse Suleiman Khalifa, porta-voz do conselho local da cidade. “Dezoito combatentes (do CNT) foram mortos durante a operação final”, acrescentou.

Diversos apoiadores importantes de Kadhafi voaram de Sabha para o Níger, informou um porta-voz do CNT nesta quinta-feira.

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“Figuras proeminentes que eram partidárias de Kadhafi voaram para Níger depois da queda de Sabha” na quarta-feira, afirmou o porta-voz militar do CNT, coronel Ahmed Omar Bani, em coletiva de imprensa, sem dar mais detalhes.

Na Tunísia, o porta-voz do Ministério da Justiça afirmou que o ex-premiê da Líbia Baghdadi al-Mahmudi ficará preso por seis meses por entrar ilegalmente no país.

A Otan informou que seus aviões de guerra atingiram quatro depósitos de armas e veículos nos arredores de Hun.

A aliança informou que também atingiu um posto de comando e cinco sistemas de mísseis nos arredores de Sirte.

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O comandante das operações da Otan afirmou que a resistência entre os kadhafistas estava agora restrita a “três bolsões isolados” – Sirte, Bani Walid e Al-Fugaha, na região de Al-Jufra.

Bouchard acrescentou que as forças de Kadhafi “não são capazes de conduzir operações coordenadas através da Líbia”, enquanto o número de pessoas em risco por conta das ações militares pró-Kadhafi caíram para cerca de 200.000.

Ele afirmou não ter ideia do paradeiro de Kadhafi, mas enfatizou que o ex-líder líbio continua “dando ordens”.

Comandantes do CNT a oeste de Sirte afirmaram que receberam informações sobre ataques aéreos da Otan nesta quinta-feira e ordens para não avançar.

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A leste de Sirte, comandantes afirmaram que adiaram quaisquer ofensivas contra a cidade por ao menos uma semana para reabastecer as munições após fortes confrontos.

“Os confrontos foram interrompidos por uma semana. Estamos precisando de munição”, disse o comandante Mustafah bin Dardef das Brigadas Zintan, cujas tropas estão a 25 km a leste de Sirte.

Ele afirmou estar se dirigindo a Benghazi para tentar obter novos suprimentos.

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