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Com fake news, Trump ataca filha do juiz que supervisiona um de seus casos

O ex-presidente dos EUA diz que seu julgamento por subornar ex-atriz pornô será 'tendencioso'; posts violam ordem de silêncio emitida por tribunal em NY

Por Da Redação
28 mar 2024, 10h59

Poucos semanas antes do julgamento criminal de Donald Trump, começar em Manhattan, o ex-presidente dos Estados Unidos atacou nesta quarta-feira, 27, a filha de Juan Merchan, juiz do caso que o investiga por realizar pagamentos secretos a uma ex-atriz pornô, acusando-a de fazer uma montagem sua atrás das grades e utilizar a imagem como foto de perfil na plataforma X, antigo Twitter. O sistema judicial do estado de Nova York afirmou que a conta na rede é falsa.

“É completamente impossível para mim conseguir um julgamento justo”, escreveu Trump em sua rede social, a Truth Social.

Fake news

O perfil, que já foi excluído, tinha o nome idêntico a uma conta que chegou a pertencer a filha do juiz, Loren Merchan, mas que foi apagada por ela há mais de um ano. Antes do usuário falso sair da plataforma X, ele mudou a foto para um retrato de infância da vice-presidente, Kamala Harris.

“A conta no X, antigo Twitter, atribuída à filha do juiz Merchan não pertence mais a ela”, disse o porta-voz do Escritório de Administração do Tribunal do estado, Al Baker. “Não está vinculada ao endereço de e-mail dela, nem ela fez postagens com esse nome desde que excluiu a conta. Pelo contrário, representa a reconstituição, em abril passado, e a manipulação de uma conta que ela abandonou há muito tempo.”

Esta não é a primeira vez que Trump promove uma fake news pelas redes sociais, na verdade a propagação de notícias falsa vem desde antes de sua primeira corrida eleitoral, em 2016. No entanto, desencadear alegações aparentemente falsas sobre a filha do juiz algumas semanas antes do julgamento representa uma escalada de sua retórica sobre sofrer perseguição política.

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Ordem de silêncio

As falas do republicano também vieram a tona depois que o juiz impôs uma ordem de silêncio a Trump, impedindo-o de atacar testemunhas, promotores, jurados e funcionários do tribunal. A regra, pare ele, aparentemente, não incluem o juiz e sua família.

“Se o juiz tendencioso e conflituoso for autorizado a permanecer neste ‘caso’ falso, será outro triste exemplo de nosso país se tornando uma república das bananas”, escreveu Trump.

Lauren Merchan também é conhecida por apoiar os democratas. Ela já chegou a trabalhar na Authentic, uma agência de marketing digital que atende candidatos democratas. Os advogados de Trump argumentaram, no ano passado, que o juiz deveria recusar o caso, alegando que sua filha iria se beneficiar financeiramente com suas decisões. O juiz, no entanto, recusou o pedido e citou o comitê consultivo estatal sobre ética judicial que determinou que sua imparcialidade não poder “ser razoavelmente questionada”.

O julgamento vai começar no dia 15 de abril e vai se concentrar no escândalo sexual que Trump se envolveu com a ex-atriz pornô Stormy Daniels. O republicano enfrenta 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais, por identificar subornos feitos a Daniels (para que não revelasse um suposto caso extraconjugal na reta final da corrida presidencial de 2016) como gastos com a campanha.

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