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Trump é maior disseminador de desinformação sobre Covid, mostra estudo

Estudo analisou 38 milhões de textos em língua inglesa e em 37% deles o presidente americano é citado como o autor de 'fake news'

Por Da Redação
Atualizado em 1 out 2020, 15h12 - Publicado em 1 out 2020, 15h09

Um estudo de pesquisadores da universidade de Cornell, nos Estados Unidos, mostrou que o presidente Donald Trump foi o maior impulsionador de postagens com informações falsas sobre a pandemia de Covid-19. O republicano foi citado em 37% dos textos analisados pelo estudo.

Ao todo, os pesquisadores analisaram 38 milhões de artigos na imprensa em língua inglesa. O estudo classificou em tópicos os milhões de textos analisados entre os dias 1 de janeiro e 26 de maio.

Trump aparece em dois: quando é mencionado em textos com informações imprecisas ou deliberadamente enganosos (37,9%), e em artigos que alegam, em termos gerais, que o presidente espalhou informações incorretas sobre a doença (10,3%).

“Descobrimos que as menções da mídia ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no contexto da desinformação da Covid-19, constituíram de longe a maior parcela da ‘infodemia’, bem a frente de qualquer outro tópico”, explicaram os pesquisadores. “Concluímos que o presidente dos Estados Unidos foi provavelmente o maior impulsionador da desinformação da Covid-19”.

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No entanto, o estudo sugere que a maior parte da mídia contribuiu para desinformação ao “relatarem e, às vezes, amplificarem as vozes de vários atores em todo o espectro político que defenderam curas não comprovadas, negaram o que é conhecido cientificamente sobre a natureza e as origens do novo coronavírus, ou que propuseram teorias de conspiração”. Apenas 16,4% dos textos tinham como objetivo “corrigir a desinformação” para com a audiência.

O estudo classificou a desinformação em 11 tópicos, sendo mais frequentes as curas milagrosas (26,4%). Logo em seguida vêm teorias conspiratórias sobre uma Nova Ordem Mundial (4,4%), boatos sobre o Partido Democrata (3,6%), armas biológicas e laboratórios em Wuhan  – cidade na China onde a pandemia teve início – (2,6%), o fundador da Microsoft, Bill Gates, (2,5%), tecnologia 5G (2,1%), conspirações antisemitas (1,6%), controle populacional (1,3%), o infectologista da Casa Branca, Anthony Fauci, (1,0%), a teoria de que a indústria farmacêutica criou o vírus (0,7%) e, por fim, a sopa de morcego ter sido responsável pelo surto (0,6%).

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