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Com coronavírus, 1º de Maio é marcado por protestos pequenos e virtuais

Pelo menos 1,6 bilhão de pessoas podem perder o emprego devido ao confinamento e à recessão causada pela pandemia, segundo ONU

Por Da Redação
Atualizado em 1 Maio 2020, 15h04 - Publicado em 1 Maio 2020, 15h00

Sem grandes manifestações ou desfiles. O planeta celebra confinado este 1º de Maio, devido à pandemia de coronavírus, que já matou 233.000 pessoas e afeta profundamente a economia mundial.

Este ano, o Dia Internacional do Trabalho, feriado em muitos países (com exceção dos Estados Unidos, Canadá e Austrália) não será marcado por manifestações, pela primeira vez na história dos sindicatos, que pediram outras formas de mobilização, nas varandas ou nas redes sociais.

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Como na Indonésia, onde a principal confederação colocou faixas em 200 cidades e lançou uma campanha na Internet convidando “a se manifestar em casa”. A principal reivindicação dos trabalhadores é que os salários sejam garantidos porque, como no resto do mundo, a pandemia obrigou inúmeras empresas a reduzir ou suspender suas atividades. Nas Filipinas, cerca de 23 milhões de pessoas, quase um quarto da população, estão ameaçadas pela fome, alertou o líder sindical Jerome Adonis.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo menos 1,6 bilhão de pessoas podem perder o emprego devido ao confinamento e à subsequente recessão histórica. Os Estados Unidos, o país mais afetado com quase 63.000 mortes, registrou mais de 30 milhões de pedidos de auxílio desemprego desde meados de março, um recorde.

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A Boeing, atingida pela cessação das viagens internacionais, anunciou o lançamento de uma oferta de títulos de 25 bilhões de dólares.

Manifestações

Enfermeiras fazem protesto e homenagem a profissionais da saúde em Brasília – 01/05/2020 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Apesar do confinamento e da pandemia, algumas manifestações ainda foram registradas pelo mundo. Em Brasília, enfermeiras com máscaras de proteção seguram cruzes durante protesto simbólico e homenagem aos trabalhadores da saúde em um ato em frente ao Palácio do Planalto.

No Brasil, o confinamento foi prolongado no Rio de Janeiro até 11 de maio, decisão tomada contra a opinião do presidente Jair Bolsonaro, que defende a retomada da atividade econômica a todo custo.

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Na França, onde a tradição do Primeiro de Maio é especialmente importante, os sindicatos dedicaram o dia às “pessoas invisíveis da nossa sociedade”, trabalhadores da saúde ou caixas, que “continuam trabalhando, mesmo arriscando suas vidas”.

Manifestantes usando máscaras participam de protesto do 1º de Maio em Beirute, no Líbano – 01/05/2020 (Mohamed Azakir/Reuters)

Em Istambul, a polícia turca deteve vários líderes sindicais que manifestavam apesar das restrições. Finalmente, na Alemanha, este feriado despertou a preocupação das autoridades, com manifestações anticonfinamento da esquerda radical, da extrema direita e dos seguidores das teorias da conspiração. Em Berlim também foram registrados atos pelo 1º de Maio,

Em comício do 1º de Maio fora do Parlamento grego, em Atenas, os manifestante tentaram respeitar o distanciamento social, se posicionando sempre um longe do outro.

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Também foram registrados atos em Viena, na Áustria, em Karachi, no Paquistão, e em Hong Kong. Em Cuba, as pessoas saíram em suas janelas para aplaudir os trabalhadores.

Manifestantes protestam contra o governo em Hong Kong – 01/05/2020 (Tyrone Siu/Reuters)

Tarifas da China

A ladainha de números econômicos negativos continuava nesta sexta-feira. A Espanha, um dos países mais atingidos pela pandemia na Europa, anunciou uma queda de 9,2% do seu PIB este ano.

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A atividade caiu 3,8% na zona do euro no primeiro trimestre e 4,8% nos Estados Unidos. E o segundo trimestre se anuncia ainda pior. Nesse contexto, o presidente americano Donald Trump anunciou na quinta-feira 30 que planeja impor tarifas alfandegárias contra Pequim, porque diz ter certeza de que o novo coronavírus veio de um laboratório em Wuhan, cidade chinesa onde a pandemia eclodiu no final de 2019.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), criticada pelo presidente americano por sua gestão da pandemia, anunciou nesta sexta-feira que queria investigar as origens do vírus e pediu à China que a “convide” para esse fim. O organismo da ONU, que até agora elogiou a gestão da crise por Pequim, explicou que “acredita que vários estudos que desejam entender melhor a origem da epidemia na China estão planejados ou em andamento”.

Mas “a OMS não está envolvida atualmente nesses estudos na China”, lamentou o porta-voz. No total, a pandemia deixou 233.176 mortos em todo o mundo e mais de 3,2 milhões de infectados.

O país com o maior número de mortes é o Estados Unidos, com 63.019 (1.070.032 casos). Seguido pela Itália, com 27.967 mortes e 205.463 casos, Reino Unido, com 26.711 mortes (171.253 casos), Espanha, com 24.824 mortes (215.216 casos), e França, com 24.376 mortes (167.178 casos).

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Na China, foram contabilizadas 4.633 mortes pelo coronavírus. Em sua tentativa de retornar à normalidade, Pequim multiplica os testes em toda a população, na esperança de erradicar definitivamente a pandemia.

Nesta sexta-feira, o país reabriu a Cidade Proibida na capital, no primeiro dia das férias de cinco dias por ocasião de 1º de maio. No entanto, o emblemático local turístico não recebeu muitos visitantes, devido às medidas de distanciamento em vigor e à prudência dos cidadãos.

(Com AFP)

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