Colômbia: corpos encontrados na fronteira são de equatorianos
Equipe do jornal 'El Comércio', de Quito, foi sequestrada por grupo dissidente das Farc em março; corpos foram resgatados apenas em 21 de junho
Os corpos encontrados na região rural de Tumaco, na Colômbia, são dos três equatorianos que trabalhavam para o jornal El Comercio, do Equador, confirmou nesta segunda-feira (25) a Procuradoria-Geral colombiana. A equipe foi assassinada por rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que não aderiram ao acordo de paz de 2016.
As vítimas são o jornalista Javier Ortega, de 32 anos, o fotógrafo Paúl Rivas, de 45, e o motorista Efraín Segarra, de 60, sequestrados em 26 de março, de acordo com procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez. Seus corpos foram recuperados apenas na última quinta-feira (21) em Tumaco, região da fronteira da Colômbia com o Equador.
“Foi informado aos familiares que os corpos efetivamente pertencem aos três equatorianos”, declarou Martínez. “Este terrível crime não ficará impune, e logo a Justiça irá agir para que se estabeleçam as responsabilidades correspondentes”, completou.
Os exames forenses e de DNA, que permitiram identificar plenamente os restos mortais, foram realizados pelo Instituto de Medicina Legal de Cali. Os corpos serão transportados de Cali para Quito para serem entregues às autoridades equatorianas, informou o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia por meio de nota.
A equipe do El Comercio caiu nas mãos do grupo Frente Óliver Sinisterra, comandado pelo ex-guerrilheiro das Farc Walther Arizala, conhecido como Guacho, quando fazia uma reportagem sobre as facções de traficantes de drogas que atuam na fronteira.
Os três foram assassinados durante cativeiro na Colômbia, anunciou o governo equatoriano em 13 de abril. Os sequestradores pediam a libertação de pessoas próximas a Guacho, presas no Equador, em troca da libertação dos reféns.