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Colégio Eleitoral confirma vitória de Biden nas presidenciais americanas

O processo, que normalmente não passa de formalidade, ganhou mais atenção neste ano devido à campanha de Trump de tentar desqualificar o pleito

Por Da Redação Atualizado em 14 dez 2020, 20h00 - Publicado em 14 dez 2020, 19h44

Os membros do Colégio Eleitoral dos Estados Unidos confirmaram nesta segunda-feira, 14, a vitória de Joe Biden para a Presidência americana, como amplamente esperado. O processo, que normalmente não passa de uma formalidade, ganhou mais atenção neste no devido à campanha do presidente Donald Trump de tentar desqualificar o pleito.

Os resultados da eleição foram certificados pelos 50 estados americanos, assim com pelo Distrito de Columbia. O democrata venceu com 81,3 milhões de votos, 51,3% dos sufrágios emitidos, contra 74,2 milhões (46,8%) do republicano.

Mas nos Estados Unidos o presidente é decidido pelo sufrágio universal indireto, e cada estado dispõe de um número determinado de delegados com base no tamanho de sua população. Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232. Para vencer a eleição eram necessários ao menos 270.

Biden deve fazer um discurso às 22h desta segunda-feira. De acordo com notas preparadas por sua equipe e entregues à imprensa, ele dirá: “Nós, o povo, votamos. Foi mantida a fé em nossas instituições. A integridade de nossas eleições permanece intacta. E então, agora é hora de virar a página. Para unir. Para curar.”

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“Nesta batalha pela alma dos Estados Unidos, prevaleceu a democracia (…) A integridade das nossas eleições permanece intacta”, dirá Biden, em clara alusão à recusa de Trump em aceitar a derrota.

O republicano segue fazendo afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a “mais corrupta na história dos Estados Unidos”, como tuitou novamente no domingo.

A campanha do republicano, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção. A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou na sexta-feira sequer a considerar duas demandas dos republicanos.

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Quase junto à confirmação do Colégio Eleitoral, Trump usou suas redes sociais para anunciar a saída do secretário de Justiça, William Barr, de seu governo. O secretário, notório por seu apoio ao presidente, disse em entrevista recente à Associated Press que “não vimos fraude em uma escala que pudesse levar a um resultado diferente nas eleições”, enfurecendo a base do republicano.

Muitos congressistas republicanos respaldam as afirmações de fraude de Trump, mas alguns estariam dispostos a reconhecer a vitória de Biden após a ratificação do resultado pelo Colégio Eleitoral.

Mas como as pesquisas mostram que apenas um em cada quatro eleitores republicanos aceita os resultados das eleições como válidos, não se espera que Trump admita a derrota a curto prazo.

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No fim de semana, ao ser questionado em uma entrevista no canal Fox News se compareceria à posse de Biden em 20 de janeiro, como exige o protocolo e séculos de tradição, Trump se limitou a responder: “Não quero falar sobre isto”.

À imprensa na tarde desta segunda, a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, se recusou a responder se Trump aceitará o resultado do Colégio Eleitoral.

A votação do Colégio Eleitoral

Os delegados votam para presidente e vice-presidente por meio de cédulas de papel. Dos 50 estados americanos, 33 exigem legalmente que seus delegados escolham o candidato que teve a maioria do voto popular no estado. Os outros 17 estados não “amarram” seus delegados, o que significa que eles podem votar em quem quiserem.

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Embora nos últimos anos tenha sido registrados casos de “delegados infiéis”, que votaram em um candidato que não venceu em seu estado, o número nunca foi suficiente para alterar o resultado de uma eleição.

Após a votação desta segunda, o Congresso conta oficialmente os votos em uma sessão realizada na Câmara dos Deputados em 6 de janeiro. O resultado se tornou oficial a partir do momento em que Biden atingiu a maioria de 270 votos.

Apesar das tensões em todo o país, o processo do Colégio Eleitoral pareceu acontecer sem problemas.

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“Não é apenas por tradição, mas para mostrar às pessoas, especialmente agora mais do que nunca, nosso sistema funciona”, disse o governador Chris Sununu, republicano de New Hampshire, na abertura da sessão, antes que os quatro eleitores do estado votassem em Biden.

A secretária de Estado do Arizona, Katie Hobbs, por sua vez, criticou o presidente.

“Embora haja aqueles que ficarão chateados por seu candidato não ter vencido, é manifestamente anti-americano e inaceitável que o evento de hoje seja algo além de uma tradição honrada mantida com orgulho e em celebração”.

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