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Cisjordânia: Corões são queimados em ataque a mesquita

Colonos judeus contrários a acordo de paz foram acusados pela ação

Por Da Redação
4 out 2010, 20h22

Colonos judeus contrários a um acordo de paz entre israelenses e palestinos foram acusados de colocar fogo em uma mesquita na Cisjordânia nesta segunda-feira, queimando exemplares do Corão. No ataque foram feitas pichações em hebraico com ameaças. “Mesquitas, nós queimamos”, dizia uma delas, feita na porta chamuscada pelo fogo de um dos centros religiosos, em Beit Fajjar, ao sul de Belém.

O piso acarpetado da mesquita ficou queimado em uma dezena de lugares, onde foi embebido com querosene e incendiado, por volta das 3 horas da madrugada. Exemplares do Corão também foram tomados pelo fogo. Os palestinos responsabilizaram os colonos judeus pelo ataque.

“A mensagem dos colonos é: aterrorizem o povo palestino”, disse o grão-mufti de Jerusalém, Mohammad Hussein, que foi inspecionar os danos e falar com os moradores da área. “Crimes como estes não aterrorizam o povo palestino. Pelo contrário, esses ataques só vão encorajar o povo palestino e aumentar nossa determinação para alcançar todos os nossos direitos”, disse ele à Reuters, depois de fazer um breve sermão.

A ação contra a mesquita foi o quarto ataque desse tipo desde dezembro. “Foi um incidente muito sério, que estamos vendo com a maior gravidade”, disse a porta-voz militar israelense tenente Avital Liebowitz. Investigadores da polícia e do Exército de Israel – que controla a Cisjordânia desde 1967 – coletaram evidências no local, incluindo marcas de pegadas e um pedaço do carpete queimado, além de colher depoimentos de testemunhas.

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No mesmo dia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um apelo por moderação para evitar o colapso das negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos. A violência na região poderia complicar os esforços do país em dar continuidade ao processo, retomado apenas um mês atrás.

Na semana passada, as negociações mergulharam em crise depois de encerrada uma moratória de dez meses imposta por Israel às construções de casas nos assentamentos judaicos erguidos na Cisjordânia ocupada.

(Com agência Reuters)

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