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‘Ciclone bomba’ congela a costa leste dos Estados Unidos

Fenômeno ocorre quando pressão atmosférica cai bruscamente e causa tempestade com vento e neve; Flórida enfrenta sua primeira nevasca em quase 30 anos

Por Da redação
Atualizado em 4 jan 2018, 17h25 - Publicado em 4 jan 2018, 17h02
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  • Ventos fortes e queda pesada de neve atingem o nordeste dos Estados Unidos nesta quinta-feira, fechando escolas e escritórios do governo. Dezenas de milhares de pessoas estão sem energia e milhares de voos já foram cancelados. Queda rara de neve também afeta o sul do país.

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    Toda a costa leste americana, desde a Carolina do Norte ao Maine, estava de sobreaviso quanto a uma forte tempestade de neve, com previsão de ventos de até 113 quilômetros por hora. Mais de 30 centímetros de neve estavam previstos para Boston e para a Nova Inglaterra.

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    A tempestade é o produto de uma queda brusca na pressão barométrica, que alguns meteorologistas estão chamando de “ciclone bomba“, que traz muita neve e ventos fortes. O fenômeno ocorre quando a pressão barométrica cai 24 milibares (unidade métrica de pressão)  ou mais em 24 horas. Como resultado, o acúmulo de neve e vento se intensifica.

    O inverno rigoroso no hemisfério norte já é o responsável por 13 mortes nos últimos dias, incluindo três em acidentes de trânsito na Carolina do Norte. Até mesmo tubarões foram encontrados congelados em Massachusetts.

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    Mais de 3.300 voos foram cancelados antes da chegada da tempestade nesta quinta-feira. A operadora de trem de passageiros dos Estados Unidos, Amtrak, estava operando com velocidade reduzida no nordeste — os sistemas de transporte em grandes áreas metropolitanas, incluindo Nova York e Boston, permanecem abertos.

    “Eu tinha uma reunião importante hoje, então eu tive que vir. Se não tivesse [essa reunião], provavelmente ficaria em casa”, disse Ann Gillard, 24, enquanto esperava um metrô em Cambridge, Massachusetts, para levá-la a a seu escritório no centro de Boston, onde trabalha como consultora.

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    As cidades no sudeste do país registraram as quedas de neve mais pesadas em quase 30 anos na última quarta-feira, de acordo com o meteorologista Alan Reppert, da AccuWeather.com. A cidade de Tallahassee, capital da Flórida, viu sua primeira grande nevasca desde 1989.

    Interrupção de serviços

    Os escritórios do governo federal atrasaram a abertura por duas horas na quinta-feira, enquanto funcionários estaduais em Connecticut, Nova Jersey e Massachusetts pediram que parte dos trabalhadores permanecessem em casa. Em Maine, o governador Paul LePage ordenou que os escritórios estaduais ficassem fechados.

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    Cerca de 65 mil casas e empresas no nordeste ficaram sem energia no início da quinta-feira — espera-se que esse número cresça à medida que a tempestade se intensifique em toda a região. Há preocupação de que parte da população fique sem energia e aquecimento na sexta-feira e durante o fim de semana, quando as temperaturas deverão cair drasticamente.

    “Nós podemos lidar com a neve”, disse o governador de Nova York, Andrew Cuomo, em uma coletiva de imprensa. “É a [soma da] neve mais o vento que vai causar problemas hoje. Os ventos serão fortes durante todo o dia”.

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    As escolas foram fechadas em Nova York e em partes de Nova Jersey e Massachusetts, além de outras localidades da região da Nova Inglaterra.

    O medo de interrupções no fornecimento de petróleo e gás natural fez com que o preço dos produtos atingissem os valores mais altos em anos. A dependência em gás natural é alta no nordeste do país, com 21% das famílias utilizando esse tipo de energia para o aquecimento de suas residências. A Guarda Costeira americana está utilizando quebra gelos para garantir o tráfego comercial.

    Embora a maioria das refinarias, principalmente as do norte, tenham sido projetadas para operar durante o inverno, as condições climáticas cada vez mais extremas dos últimos anos vêm testando seus limites. Em 2015, mais de um terço da capacidade da costa leste dos Estados Unidos foi abruptamente interrompida devido a falhas durante o inverno rigoroso.

     (Com Reuters)

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