China restringe número de livros infantis estrangeiros no país
O governo impôs um sistema de cotas anuais para reduzir a influência das ideias exteriores
O governo da China restringiu o número de livros infantis estrangeiros que poderão ser publicados este ano no país. O órgão responsável por aprovar as publicações internas impôs um sistema de cotas anuais para reduzir a influência das ideias exteriores e aumentar o controle ideológico, de acordo com o jornal South China Morning Post.
Segundo um funcionário de uma editora estatal chinesa, o governo também passou a exigir que as editoras publiquem mais obras escritas e ilustradas por artistas locais. Anteriormente, não havia qualquer tipo de censura ou sistema de cotas para livros infantis estrangeiros.
Outro funcionário de uma companhia editorial chinesa, que falou ao jornal sob condição de anonimato, disse que livros da Coreia do Sul e do Japão, antes muito populares no país, agora têm “pequenas chances” de serem publicados. A permissão para a impressão e comercialização de livros de outros países também é rigorosa.
Na sexta-feira, o popular site de e-commerce chinês Taobao interrompeu a venda de qualquer tipo de publicação estrangeira “para criar um ambiente de compras online seguro para garantir a confiança e satisfação do consumidor”.
Atualmente, os livros e revistas em quadrinhos estrangeiros são os mais lidos pelas crianças e adolescentes chineses de até 14 anos. No passado, as universidades locais também receberam ordens do governo para limitar o uso de livros e publicações científicas ocidentais.