Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

China não renunciará ao uso da força militar em Taiwan, diz Xi

Presidente chinês insistiu na importância de reunificar o país e pediu diálogo, apesar de ameaças violentas

Por Da Redação
2 jan 2019, 17h27
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A China não descarta a opção de usar força militar para combater grupos separatistas em Taiwan, declarou em discurso o presidente Xi Jinping nesta quarta-feira, 2, insistindo que a nação “será reunificada” de forma pacífica.

    Publicidade

    Pequim “se reserva a opção de tomar todas as medidas necessárias” contra as “forças externas” que interfiram na reunificação pacífica e contra as atividades separatistas de Taiwan, advertiu.

    Publicidade

    “Afastar-se do princípio de uma única China levaria à tensão e ao caos nas relações para ambos os lados do estreito e prejudicaria os interesses vitais dos compatriotas de Taiwan”, indicou Xi Jinping. “Nunca deixaremos nenhum espaço para as ações separatistas a favor da independência de Taiwan.”

    O pronunciamento aconteceu pelo 40º aniversário de uma mensagem enviada a Taiwan, em 1979. Nela, o governo da China reivindicava a unificação e o fim da confrontação militar.

    Publicidade

    O tema é muito sensível para Pequim, que reivindica o território. Xi intensificou a pressão sobre a ilha democrática desde que Tsai Ing-wen, do pró-independência Partido Progressista Democrático, se tornou presidente de Taiwan em 2016.

    Continua após a publicidade

    Tsai não só rejeitou a colocação de Xi, mas ainda exortou Pequim a adotar a democracia.

    Publicidade

    Para chegar a um “consenso” sobre a reunificação, Xi pediu diálogo entre todas as partes, acrescentando que o modelo de autonomia “um país, dois sistemas”, por meio do qual a China governa Hong Kong, é o melhor caminho para Taiwan. O presidente não estabeleceu uma data para conseguir a reunificação.

    Separação

    Taiwan e a China continental são governadas separadamente desde 1949, quando acabou a guerra civil chinesa e os comunistas chegaram ao poder em Pequim. As autoridades chinesas veem a ilha como uma de suas províncias, enquanto Taiwan se considera um Estado soberano, com moeda própria e sistemas político e judiciário, mas nunca declarou independência formalmente.

    Publicidade

    Apesar da melhora das relações entre a ilha e o continente nos últimos 40 anos, Pequim continuou ameaçando recorrer à força para restabelecer sua soberania, caso Taiwan a proclame formalmente ou em eventual intervenção externa. “A independência de Taiwan levará apenas a um beco sem saída”, advertiu Xi. “A China deve ser reunificada e será”, frisou.

    O líder chinês intensificou a pressão sobre a ilha democrática desde que Tsai Ing-wen, do pró-independência Partido Progressista Democrático (PDP), se tornou a presidente de Taiwan em 2016. Ela não só rejeitou a colocação de Xi, mas ainda exortou Pequim a adotar o regime democrático.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Em entrevista coletiva nesta quarta, Tsai rebateu: “O povo taiwanês aprecia os valores democráticos. São seu modo de vida”, acusando Pequim de ter “comprado” nos últimos meses alguns dos aliados diplomáticos da ilha.

    “Se o governo chinês não trata seu povo com indulgência, se não pode garantir os direitos humanos e se não deixa seu povo votar (…), os taiwaneses verão as intenções da China com suspeita”, afirmou o Ministério taiwanês das Relações Exteriores.

    Alguns membros do partido de Tsai pedem a independência formal da ilha, cujo nome oficial continua sendo República da China.

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.