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China liberta um manifestante detido na Praça da Paz Celestial em 1989

Por Da Redação
23 Maio 2012, 10h05

Pequim, 23 mai (EFE).- O Governo chinês concedeu liberdade ao ativista Li Yujun, um dos 20 manifestantes da Praça da Paz Celestial de 1989 que ainda estava preso, sob a premissa de ser submetido a um controle policial até 2020, informou nesta quarta-feira a organização China Human Rights Defenders (CHRD).

Li Yujun, um vendedor ambulante que foi detido quando tinha pouco mais de 20 anos, deixou uma prisão de Pequim no começo deste mês e foi levado para casa, onde deverá terminar de cumprir sua pena. Apesar de ter deixado a cadeia, Yujun não poderá sair da capital chinesa e deverá se apresentar na delegacia uma vez ao mês.

Além das restrições citadas, as autoridades comunistas também proibiram Yujun de conceder entrevistas à imprensa e de expressar suas opiniões na internet, mesmo em redes sociais.

Li, que agora tem 45 anos, era um dos últimos 20 presos políticos que ainda cumprem pena por ter participado das manifestações pacíficas que foram iniciadas na China em abril de 1989.

Segundo a CHRD, pelo menos 906 manifestantes foram presos depois do massacre. Alguns destes seguem presos até os dias de hoje, caso de Jiang Yaqun (de 75 anos), Miao Deshun (48), Yang Pu (47) e Chang Jingqiang (43).

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Yujun foi condenado por atear fogo em um tanque para tentar impedir a passagem dos soldados à famosa praça pequinesa na tarde de 3 de junho de 1989, quando as autoridades centrais decretaram a lei marcial.

Apesar de ter sido condenado a morte com um período de revisão de dois anos, a sentença de Yujun foi reduzida para prisão perpétua em 1993 e, três anos depois, acabou sendo reduzida para 20 anos, que foram inteiramente completos neste mês de maio.

A libertação de Yujun ocorre menos de duas semanas depois do 23º aniversário das manifestações de Praça da Paz Celestial, que, na ocasião, foi ocupada por mais de um milhão de estudantes e trabalhadores, o maior protesto na história da China comunista.

As manifestações, que se estenderam por seis semanas, terminaram com o massacre de 3 e 4 de junho, quando as forças de segurança chinesas já haviam matado entre 400 e 3 mil pessoas. EFE

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