A China inaugurou oficialmente sua primeira base militar no exterior, em Djibuti, no chifre da África. O marco simbólico coincide com o 90º aniversário do Exército de Libertação Popular (ELP).
O centro de apoio logístico iniciou suas operações nesta terça-feira, após a chegada dos equipamentos enviados em 12 de julho. Objetivo do local é oferecer apoio às tropas chinesas que participam de missões antipirataria, de operações de paz e resgate no golfo de Aden e na costa da Somália, região assolada pela pirataria.
As autoridades inauguraram a instalação com uma cerimônia que contou com a presença de mais de 300 pessoas, entre elas o ministro da Defesa do Djibuti e o subcomandante da marinha chinesa, de acordo com a imprensa estatal da China.
A República do Djibuti está situada ao sul do Mar Vermelho, entre Eritréia, Etiópia e Somália.
Em um discurso no Grande Palácio do Povo em Pequim, a sede do Legislativo, o presidente do país, Xi Jinping, aproveitou para reivindicar o papel das forças armadas e advertir que a China está pronta para lutar contra qualquer invasão estrangeira.
Desde que a China manifestou seu interesse em abrir uma instalação deste tipo no final de 2015, o governo em Pequim insistiu reiteradamente que não se trata de uma expansão militar, mas de uma instalação para atividades internacionais e proteção das vias de comércio marítimo.
O Djibuti já conta com bases militares de EUA, França e Japão, que, entre outros objetivos, servem para dar apoio a embarcações de guerra que escoltam comboios de ajuda humanitária para diversos países da região e monitoram os mares para combater a pirataria.
(Com EFE)