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China executa britânico por tráfico de drogas

A China confirmou nesta terça-feira a execução por injeção letal do cidadão britânico Akmal Shaikh, condenado à morte por tráfico de drogas, mas que segundo a família sofria de transtorno bipolar e depressão maníaca. Shaikh foi o primeiro europeu executado na China em 58 anos, apesar dos pedidos de clemência e das iniciativas diplomáticas da […]

Por Da Redação
29 dez 2009, 08h58
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  • A China confirmou nesta terça-feira a execução por injeção letal do cidadão britânico Akmal Shaikh, condenado à morte por tráfico de drogas, mas que segundo a família sofria de transtorno bipolar e depressão maníaca. Shaikh foi o primeiro europeu executado na China em 58 anos, apesar dos pedidos de clemência e das iniciativas diplomáticas da Grã-Bretanha, o que estremeceu a relação entre os países.

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    A agência oficial Xinhua anunciou que a execução foi realizada na manhã desta terça-feira, na região de Xinjiang. O primeiro-ministro britânico Gordon Brown se declarou perplexo. “Condeno a execução de Akmal Shaikh com a máxima firmeza. Estou escandalizado e decepcionado por nossos persistentes pedidos de clemência não terem sido atentidos”, afirmou, em comunicado. Em resposta, Pequim defendeu o seu sistema judicial.

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    O londrino de 53 anos, pai de três filhos, foi detido em setembro de 2007 em Xinjiang com quatro quilos de heroína, e condenado à morte por tráfico de drogas em 2008. A pena confirmada foi no dia 21 de dezembro pelo Supremo Tribunal da China. A família defende que criminosos teriam se aproveitado da vulnerabilidade psicológica de Shaikh para que transportasse a droga.

    Apelo – O governo da Grã-Bretanha pediu na segunda-feira à China que impedisse a execução do britânico. Dois primos de Shaikh se reuniram com ele na prisão e apresentaram um último recurso de clemência. A Suprema Corte chinesa rejeitou o apelo, dizendo haver provas insuficientes de doença mental.

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    O ministro Gordon Brown se disse preocupado pelo fato de nenhuma avaliação mental ter sido realizada. Jiang Yu, porta-voz da chancelaria chinesa, reagiu dizendo que “ninguém tem o direito de falar mal da soberania judicial da China”. “Manifestamos nossa forte insatisfação e resoluta oposição às infundadas acusações britânicas.”

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    A família de Shaikh divulgou nota se dizendo “perplexa e frustrada”. “Estamos perplexos com a sugestão de que o próprio Akmal deveria ter fornecido provas do seu estado mental frágil”, afirmaram os parentes.

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    O caso pode inflamar a opinião pública britânica contra a China, e também alimentar o ressentimento de Pequim contra “interferências” em seus assuntos internos, despertando lembranças das humilhantes derrotas para os britânicos nas Guerras do Ópio do século 19.

    A Grã-Bretanha é o terceiro maior parceiro comercial da China na Europa, com um comércio total de 45 bilhões de dólares em 2008. Recentemente, os dois governos trocaram farpas por causa dos resultados da conferência climática de Copenhague.

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    (Com agências Reuters e France-Presse)

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