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Chile parcialmente paralisado em primeiro dia de greve nacional de 48 horas

Por Por Roser Toll
24 ago 2011, 17h35

O Chile estava parcialmente paralisado nesta quarta-feira, com barricadas em algumas avenidas, prédios públicos e parte do comércio fechado, além de confrontos com a polícia, no primeiro dia de greve nacional de 48 horas convocada pela maior central sindical do país, a Central Unificada dos Trabalhadores (CUT).

A greve obteve a adesão de sindicatos, estudantes, professores, partidos políticos de esquerda e até mesmo de algumas empresas privadas.

O país vive há mais de três meses uma greve de estudantes e professores do ensino médio e universitário, que pedem educação pública gratuita e de qualidade, e agora a greve estendeu-se para outros setores.

As reivindicações vão desde a redução dos preços dos combustíveis até uma reforma na Constituição, passando por uma mudança no Código de Trabalho. Além disso, especula-se sobre a possibilidade de a greve se transformar em um levante generalizado para derrubar o governo do direitista Sebastián Piñera.

O movimento teve início pela manhã, com manifestantes bloqueando com pneus incendiados e pedaços de madeiras algumas vias importantes da capital, como a Avenida Alameda, principal artéria de Santiago, e ao mesmo tempo impedindo a saída de ônibus em alguns pontos da periferia da cidade.

Em pelo menos três pontos da cidade, a polícia teve que usar jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que tentavam bloquear o trânsito.

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No centro de Santiago, policiais enfrentaram homens encapuzados que ergueram barricadas diante da Universidade do Chile. Outros grupos enfrentaram as forças de segurança em Ñuñoa e na zona sul da cidade.

Os bloqueios alteraram os trajetos percorridos por muitas pessoas, mas não conseguiram paralisar a cidade de mais de seis milhões de habitantes, onde o metrô e os ônibus urbanos funcionavam de maneira normal, segundo o ministro dos Transportes, Pedro Pablo Errázuriz.

A malha ferroviária metropolitana, que transporta diariamente mais de dois milhões de passageiros, registrou um movimento 27% menor durante as primeiras horas do dia.

“As paralisações que estão atrapalhando o trânsito são pontuais”, disse o ministro dos Transportes, Pedro Pablo Errázuriz, ao fazer um balanço prévio da situação.

“O governo está empenhado em aparentar normalidade, quando todo o país sabe que não há normalidade hoje”, afirmou Arturo Martínez, presidente da CUT, o maior sindicato do país, que reúne 10% da força de trabalho nacional.

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Segundo o presidente Piñera, a intenção da greve foi única e exclusivamente causar danos ao Chile.

“Vimos hoje o uso equivocado de um instrumento legítimo de protesto, que poderia ter sido substituído por diálogo e acordos”, disse. “Quando se tenta paralisar um país inteiro, todos saem perdendo”, completou.

De acordo com informações do governo chileno, a adesão à greve foi baixa e o apenas 5,5% dos funcionários públicos do país aderiram a ela. Contudo, a Associação Nacional de Funcionários Públicos (Anef, na sigla em espanhol) calculou uma adesão de 80% da classe.

Segundo o subsecretário do interior chileno, Rodrigo Ubilla, a maioria dos chilenos tentou exercer suas tarefas diárias de maneira normal nesta quarta-feira.

O aeroporto de Santiago e os principais cruzamentos do país funcionavam com normalidade, enquanto que nos centros públicos de saúde foram instaurados alguns turnos para assegurar atendimentos de emergência.

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