Chile: choques entre estudantes e polícia marcam protesto
Ainda não há informações de feridos nos confrontos
A polícia chilena lançou jatos de água e gás lacrimogêneo contra milhares de estudantes que se reuniram nesta quinta-feira na Plaza Italia, no centro de Santiago, para iniciar uma marcha em prol da melhoria da educação pública, em uma manifestação não autorizada pelas autoridades. Ainda não há informações de feridos no conflito.
Entenda o caso
- • Em maio, estudantes chilenos tomaram as ruas do país para protestar contra a má qualidade do ensino – e as manifestações seguem ocorrendo quase que diariamente.
- • Entre as reivindicações, das quais recebem apoio da maioria da população, exigem principalmente educação gratuita.
- • Em resposta, o presidente, Sebastián Piñera, lançou um plano de reforma para o setor, que amplia bolsas de estudos e créditos a taxas baixas a alunos pobres, mas a proposta não foi bem recebida.
- • No dia 26 de agosto, os confrontos entre polícia e manifestantes causaram a primeira morte: um adolescente de 16 anos, que foi baleado durante a greve geral (quando centrais sindicais se uniram aos jovens).
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Os estudantes foram convocados a se reunir um dia depois que foi interrompido o diálogo com o governo para destravar um conflito que já dura cinco meses. O governo havia autorizado a manifestação que acontece em Santiago, mas com um percurso diferente do que pretendiam fazer os estudantes.
O protesto desta quinta-feira foi liderado pela presidente da Confederação dos Estudantes do Chile (Confech), Camila Vallejo, que anunciou na quarta-feira o rompimento do diálogo entre manifestantes e governo. “É impossível dar continuidade a esta mesa de diálogo”, disse Camila, acrescentando que o governo não teria demonstrado “vontade de diálogo”.
(Com agência France-Presse)