O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, assegurou nesta terça-feira que ainda não há uma sentença fixada definitivamente contra Sakineh Mohamamdi Ashtiani, a mulher acusada de adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido, embora ressaltou que já foi provado que ela participou do crime.
As palavras de Mehmanparast contradizem declaração feita na segunda-feira à noite pelo procurador-geral do Estado e porta-voz do Poder Judiciário, Gholam Hussein Mohseni Ejei, que afirmou que Sakineh já tinha sido condenada à morte pelo assassinato do marido, e por isso seria levada à forca.
“De acordo com a decisão do tribunal, foi acusada de assassinato e a pena por este delito tem preeminência sobre o outro, de adultério”, disse Ejei, em declarações divulgadas pela agência de notícias local “Mehr”.
Se confirmado, Sakineh deixaria de ser apedrejada (por conta do adultério), já que a Jurisprudência iraniana prevê o enforcamento como pena para os assassinos.
No entanto, Mehmanparast afirmou nesta terça-feira, durante sua entrevista coletiva semanal, que “os dois casos seguem sob revisão e o veredicto será pronunciado após o fim da investigação”.
“Já foi provado que ela participou do assassinato de seu marido, mas a sentença definitiva será anunciada no final do processo judicial”, explicou.
(com Agência EFE)