A América Latina terá três milhões de pobres a menos em 2011, a 30,4% da população, devido a um aumento da renda, em meio a um período excepcional de bonança econômica, informou nesta terça-feira a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
“Este ano, a taxa de pobreza cairá para 30,4 % da população, enquanto a de indigência subirá levemente, para 12,8 %, devido ao fato de o aumento dos preços dos alimentos ter neutralizado a alta prevista da renda das famílias”, ressaltou o relatório do organismo auspiciado pelas Nações Unidas com sede em Santiago.
A queda no indicador significa que a região fechará este ano com 174 milhões de habitantes em situação de pobreza, 73 milhões deles em condições de pobreza extrema ou indigência. Em 2010 havia 177 milhões de pessoas pobres, das quais 70 milhões eram indigentes.
“A pobreza e a desigualdade continuam diminuindo na região, o que é uma boa notícia, especialmente no contexto de crise econômica internacional”, ressaltou a secretária executiva da Cepal, a mexicana Alicia Bárcena, ao apresentar o relatório anual sobre pobreza em uma entrevista coletiva à imprensa.