O Catar decidiu se retirar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a partir de janeiro, anunciou o ministro de Energia do país, Saad Sherida al-Kaabipara, nesta segunda, 3.
Segundo o ministro, a decisão permitirá que o Catar direcione suas forças para a produção de gás natural. Ele negou que a saída tenha relação com questões políticas.
Al-Kaabi ainda completou que a Opep já foi informada da decisão. A mudança traz uma reviravolta para a Arábia Saudita, líder do grupo, e mina os esforços de mostrar união antes da reunião desta semana, em Viena, para discutir a flutuação no preço do petróleo. O Catar ainda pretende comparecer.
O país da Península do Golfo foi membro da Organização por quase seis décadas. Dados da Dow Jones Newswires relatam que seu objetivo é impulsionar a produção anual de gás de 77 milhões de toneladas para 110 milhões de toneladas nos próximos anos.
Um dos menores produtores de petróleo da Opep, o Catar é o maior exportador mundial de gás natural líquido, o que deu aos cidadãos do país a maior renda per capita do mundo.
Em junho de 2017, a Arábia Saudita e três outros países árabes impuseram um boicote contra o país, acusando-o de abrigar terrorismo e interferir nas relações internacionais de outros territórios árabes.
Nenhuma outra nação aderiu ao boicote desde então, e os Estados Unidos, que tem o Catar como uma grande base militar, buscou dar um fim a disputa.