Apesar de condenar o tiroteio que deixou seis pessoas mortas e outras três feridas em um templo sikh, em Wisconsin, a Casa Branca considera que o massacre não deve levar o governo a tomar novas medidas de controle das armas.
“O presidente foi muito claro neste ponto: ele é a favor de medidas que protegem o direito dos cidadãos americanos inscrito na Segunda Emenda (da Constituição, que regulamenta a posse de armas), mas também tornará cada vez mais difícil a obtenção de armas por aqueles que não as deveriam possuir, de acordo com a lei”, declarou Jay Carney, porta-voz de Barack Obama.
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“Não há dúvida de que houve relutância do Congresso em atuar sobre essas questões”, disse Carney, criticando os republicanos. E acrescentou: “Será que isso continuará a acontecer? Não podemos prever”.
Após o massacre ocorrido em um cinema na cidade de Aurora, no Colorado, o presidente prometeu “continuar trabalhando” com o Congresso para aprovar leis mais rigorosas para a concessão de licenças e para a venda de armas no país. Na época, ele criticou indiretamente a oposição republicana e a Associação Nacional de Rifles, organização que lidera o lobby em defesa do direito às armas.
O porta-voz reiterou as palavras de Obama sobre o tiroteio fatal de domingo, ressaltando que esse foi um ato “terrível e angustiante”.
Eleições – A questão do comércio e do porte de armas nos Estados Unidos é um tema delicado para o democrata antes das eleições presidenciais de novembro, já que em vários estados-chave, como Ohio, Pensilvânia e Virginia, a população é amplamente favorável ao direito de portar armas de fogo.
O repubicano Mitt Romney, adversário de Obama na corrida eleitoral, defende a perseguição a potenciais criminosos, em vez da redução do acesso às armas em geral.
(Com agência France-Presse)