EUA identificam atirador de Wisconsin, um ex-militar
Wade Michael Page, de 40 anos, era um veterano adepto da supremacia branca
O atirador que matou seis pessoas e feriu outras três em um templo sikh na cidade de Oak Creek, em Wisconsin (EUA), foi identificado nesta segunda-feira por fontes policiais como Wade Michael Page, de 40 anos. Segundo autoridades, ele era um ex-militar adepto da ‘supremacia branca’, informou a rede americana CNN.
Dois vizinhos de Page o identificaram na foto de uma banda de supremacistas brancos chamada ‘Acabe com a Apatia’. O sobrinho do líder sikh que foi assassinado no templo disse que o atirador tinha uma tatuagem dos atentados de 11 de setembro no braço. Ele foi identificado como um homem branco e careca vestindo calças pretas e uma camiseta branca.
Page entrou no Exército em 1992, de onde saiu em 1998 por ‘desvio de conduta’. Segundo o chefe de polícia de Oak Creek, John Edwards, o atirador tinha antecedentes criminais no Colorado e no Texas. Para fontes envolvidas na investigação, trata-se de um crime de ódio. Membros da comunidade sikh frequentemente são confundidos com muçulmanos – alvos de crimes de ódio desde os ataques de 11 de setembro – devido ao turbante e à barba que usam.
Ataque – Segundo um policial, Page começou a atirar indiscriminadamente já do lado de fora do templo, e só parou quando foi morto em uma troca de tiros com a polícia. O FBI investiga o caso e acredita que se trate de um ataque de ‘terrorismo doméstico’. As vítimas do ataque tinham entre 20 e 70 anos, disse uma fonte da Justiça. Três pessoas estão em estado grave no hospital local. Parentes do líder do templo sikh, Satwant Kaleka, disseram que ele foi morto enquanto tentava lutar contra o atirador.
Enquanto isso, na Índia, berço do sikhismo, o primeiro-ministro Manmohan Singh disse que estava ‘chocado e entristecido’ com a matança. “O fato desse ato de violência sem sentido ter acontecido em um lugar de oração é particularmente doloroso”, disse Singh, também um sikh. O principal partido político sikh da Índia, Shiromani Akali Dal, também protestou em Nova Délhi nesta segunda-feira contra os crimes de ódio nos Estados Unidos.