Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Carta revela que Hitler deu proteção temporária a judeu veterano da I Guerra Mundial

Documento com selo do chefe das SS, Heinrich Himmler, menciona que era "desejo" do ditador poupar Ernst Hess. Mas a proteção foi revogada em alguns meses, e Hess e sua família foram deportados para os campos de concentração

Por Da Redação
7 jul 2012, 15h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Uma carta de agosto de 1940 revela que Adolf Hitler deu proteção a Ernst Hess, um oficial judeu que lutou a seu lado na I Guerra Mundial. A proteção, no entanto, durou apenas alguns meses. Em junho de 1941, Hess foi mandado para um campo de concentração perto de Munique. A descoberta do documento foi feita pela historiadora Susanne Mauss.

    Publicidade

    O documento, que leva o selo do chefe das SS, Heinrich Himmler, menciona o “desejo” de Hitler de proteger o antigo companheiro de armas de sua própria política de ódio, que resultou na morte de 6 milhões de judeus. Apesar de reconhecer explicitamente Hess como “judeu com quatro avós judeus”, a carta enfatiza a vontade de Hitler de que se considere “com benevolência” a demanda de Hess de gozar de tratamento especial. O documento termina com um convite às autoridades competentes a “deixar em paz” o interessado.

    Publicidade

    O periódico Jewish Voice from Germany publicou uma cópia do documento encontrado por Mauss, membro do comitê de redação desta publicação. O documento indica que Ernst Hess, então juiz do tribunal de Dusseldorf, “esteve durante a guerra de 1914-1918 na mesma companhia de Hitler e foi provisoriamente o chefe dessa companhia”.

    “O documento se refere ao ‘desejo’ do ditador e isso é algo realmente surpreendente”, afirma Mauss. Segundo ela, citar Hitler neste tipo de documento era um fato excepcional. Mauss encontrou a carta quando estava preparando uma exposição chamada “Advogados sem direitos” sobre a história dos advogados judeus em Düsseldorf.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Segundo a historiadora, a proteção do ditador durou de 19 de agosto de 1940, a data do documento, até os primeiros meses de 1941. Em junho de 1941, Hess foi levado às autoridades de Munique, a quem apresentou a carta de proteção. Os oficiais então lhe disseram que o documento não tinha mais validade e que agora ele era um “judeu como todos os judeus”. Hess foi deportado para o campo de Milbertshofen, perto de Munique.

    Hess sobreviveu ao Holocauso, ao contrário de sua irmã Berta, e morreu em 14 de setembro de 1983.

    Publicidade

    (Com agência France-Presse)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.