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Carlos Wizard Martins: o bilionário que abraçou a causa dos refugiados

Dono de uma fortuna avaliada em 2,1 bilhões de reais, o empresário se dedica exclusivamente à força-tarefa humanitária de acolhimento dos venezuelanos

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h19 - Publicado em 2 ago 2019, 06h30
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  • MISSÃO - Martins: o empresário dedica-se a receber expatriados venezuelanos (na foto, em abrigo de Boa Vista) (Jonne Roriz/VEJA)

    “A dedicação a uma missão faz parte de minha crença.” Assim o empresário Carlos Wizard Martins justifica o esforço que tem empreendido para auxiliar a viagem de refugiados da Venezuela para o Brasil. Dono de uma fortuna avaliada em 2,1 bilhões de reais, fruto da venda da rede de escolas de idiomas Wizard ao grupo britânico Pearson, em 2013, desde agosto do ano passado ele e a mulher, Vânia, decidiram se mudar de São Paulo para Boa Vista, em Roraima, com um objetivo: dedicação exclusiva à força-tarefa humanitária de acolhimento dos venezuelanos.

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    De formação mórmon, fiel da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Wizard Martins começou a empreitada apoiando os seguidores de sua religião, que chegavam em Roraima em busca de refúgio. Não demorou a se aproximar de outros grupos, desesperados por um porto seguro no Brasil.

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    O primeiro passo foi a criação de uma rede de voluntários que ajuda com o essencial: uma casa para receber as famílias — além de roupas e alimentos. Em agosto, o empresário estabeleceu parceria com o fundador da Azul, David Neeleman, que ofereceu dezenas de assentos em voos para as viagens de refugiados a cidades brasileiras. Três meses depois, outras duas companhias aéreas, a Latam e a Gol, aderiram à iniciativa. “Sem gastar 1 real, conseguimos transportar 4 000 pessoas pelo Brasil”, diz Wizard Martins.

    O plano é, em sua definição, “interiorizar” os venezuelanos. A ideia central é tirá-los de abrigos, muitos dos quais precários, ou das ruas de capitais, em especial Boa Vista, e levá-los para municípios mais receptivos a essa nova população. “As pessoas estavam largadas, dormindo nas praças, com crianças pequenas expostas à chuva e ao calor”, diz, com voz calma e pausada, ao relatar as primeiras impressões em torno do drama humanitário. “A histórica postura do Brasil não tem fronteiras, nem restrições por fé, raça, cor ou orientação sexual. Somos uma nação de imigrantes. Ou você é indígena ou é imigrante. Não faz sentido não recebermos nossos vizinhos”, afirma.

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    Além de atuar para facilitar o transporte das famílias, ele também dá suporte à Operação Acolhida, do governo federal. Wizard Martins se comunica com outros empresários em busca de vagas de emprego em cidades como Dourados, em Mato Grosso do Sul. Naquele município, ficou conhecido como o “irmão Martins”, responsável pela acolhida de mais de 700 refugiados — 400 já empregados em um único frigorífico da região. “Tenho a felicidade de estar entre o 1% mais rico do planeta. Agora sinto o dever de auxiliar os outros 99%”, resume.

    Publicado em VEJA de 7 de agosto de 2019, edição nº 2646

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