Capital venezuelana fica sem luz e Maduro culpa opositores
Apagão de quatro horas em Caracas, ontem, é atribuído a um corte nos cabos de controle; 6 milhões de pessoas ficaram sem energia
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que o blecaute de pelo menos quatro horas registrado em Caracas ontem (31) foi provocado por uma “sabotagem” coordenada pelos seus opositores.
“Hoje sabotaram o sistema elétrico de Caracas. Estamos atrás de pistas, e é questão de horas até capturarmos os responsáveis”, disse Maduro após uma reunião do conselho de ministros que foi transmitida pela emissora estatal VTV.
Maduro agradeceu o apoio e compreensão da população de Caracas durante o apagão, que afetou cerca de 6 milhões de pessoas na capital do país e em estados vizinhos.
Além disso, o presidente culpou a oposição pelos blecautes, que vêm sendo registrados há anos no país e que ficaram mais frequentes nos últimos meses devido à crise econômica venezuelana. Na semana passada, os trabalhadores do setor de energia entraram em greve.
“Não se surpreendam com os responsáveis políticos e intelectuais dessas maldades contra o povo. Enquanto nós estamos trabalhando pelo país, pelo bem das regiões, um grupinho da extrema-direita está conspirando. Não conseguirão”, afirmou.
Horas antes das declarações de Maduro, o ministro de Energia Elétrica da Venezuela, Luis Motta Domínguez, disse que recebeu um relatório do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), que atribuiu a falha do serviço a um corte de cabos de controle dos transformadores de tensão.
“Isso fez com que o sistema de proteção interpretasse que havia uma falha, bloqueando a transmissão. Já estamos repondo os cabos”, explicou o ministro, sem dar detalhes de como o problema ocorreu.
Já o ministro de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, disse à emissora estatal que as condições atmosféricas ruins e o difícil acesso ao local onde a falha ocorreu atrapalhavam a volta do fornecimento de energia.
A falta de luz provocou o fechamento temporário do metrô de Caracas, que transporta milhões de pessoas por dia. As ruas ficaram lotadas de pedestres, que caminharam vários quilômetros para poder chegar aos seus respectivos destinos.
(Com EFE)