A decisão de Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara, de anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff foi destaque na imprensa internacional nesta segunda-feira.
Antes do posicionamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que rejeitou a determinação de Maranhão e afirmou que vai dar sequência ao processo, a rede americana CNN publicou a manchete: “Brasil em caos profundo”.
O site do jornal americano The New York Times e o do francês Le Monde também classificaram a situação política do país como uma “confusão”. Já o espanhol El País tratou o movimento de Maranhão como “inesperado”.
Além de descrever a decisão como uma surpresa, o Times se referiu a Maranhão como um parlamentar “obscuro”, afirmando que “muitos estão tentando decifrar suas motivações”. A publicação citou ainda que ele enfrenta acusações de ter levado propina no esquema de corrupção na Petrobras.
Na notícia publicada no site do jornal britânico The Guardian, a manchete também destacava o tumulto no país: “Votação de impeachment de Dilma Rousseff anulada, jogando a legislatura do Brasil no caos”. O veículo escreveu em sua nota que a confusão política do país “se deteriorou em uma total crise constitucional”.
(Da redação)