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Canetada do governador da Flórida encerra ‘reino corporativo’ da Disney

Por 55 anos, a Disney foi um 'distrito de impostos especiais de consumo' e tinha os mesmos poderes que qualquer outro município da Flórida

Por Da Redação
27 fev 2023, 16h30

O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou nesta segunda-feira, 27, um projeto de lei que assume o controle do distrito fiscal especial em torno do Walt Disney World, que há mais de meio século permitiu que o ecossistema de parques e resorts funcionasse com alto grau de autonomia.

“O reino corporativo finalmente chega ao fim”, afirmou o republicano durante coletiva em Lake Buena Vista, em Orlando.

Durante 55 anos, a designação de “distrito de impostos especiais de consumo” foi um privilégio para a empresa, permitindo que a Disney tivesse os mesmos poderes que qualquer outro município da Flórida.

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No entanto, o confronto entre DeSantis e o reino do entretenimento se iniciou em março do ano passado, quando o possível candidato à presidência em 2024 assinou uma lei apelidada pelos seus oponentes de “Don’t Say Gay” (“Não Diga Gay”), que proíbe o ensino de questões acerca de identidade de gênero, a comunidade LGBTQIA+ e orientação sexual em escolas primárias (dos 6 aos 11 anos de idade).

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O projeto foi amplamente criticado em todo o país, inclusive por funcionários da Disney, que é conhecida por ser uma importante doadora de recursos para políticos conservadores do Partido Republicano. Sob pressão dos empregados, a empresa se posicionou contra a nova legislação.

Na ocasião, o então diretor-executivo da Disney, Bob Chapek, expressou desapontamento com o projeto de lei que limita a discussão sobre questões LGBTQIA+ nas escolas e afirmou que telefonou para DeSantis para falar de sua preocupação.

Depois, em abril, a Câmara dos Deputados da Flórida aprovou um projeto de lei que tinha como principal objetivo dissolver o regime especial de governo do parque temático Walt Disney World.

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Em uma nova medida, que especialistas políticos consideraram uma retaliação pela visão da Disney sobre o projeto, a Flórida aprovou neste mês um projeto de lei que autoriza o governador a nomear cinco supervisores para monitorar os serviços municipais tradicionais na região onde o Disney World opera, como proteção contra incêndios, serviços públicos, coleta de lixo e manutenção de estradas.

Quase um governo, a Disney possuía até esta segunda-feira autoridade para arrecadar receitas para pagar dívidas pendentes e cobrir o custo dos serviços.

“Temos uma situação basicamente indefensável do ponto de vista político”, disse DeSantis. “Como você dá a um parque temático seu próprio governo e depois trata todos os outros parques temáticos de maneira diferente? Acreditamos que essa não foi uma boa política”, acrescentou.

Na cerimônia de assinatura do projeto de lei, um pai criticou a Disney por ter se manifestado contra o projeto de lei de educação dos estados, e afirmou que a empresa “escolheu o lado errado do argumento moral”.

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Uma outra pessoa que se identificou como funcionário de longa data do parque temático da Disney questionou as políticas da empresa em relação às vacinas contra a Covid-19.

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