Cameron promete ajudar Argélia em luta contra o terrorismo
Neste mês, um complexo de gás do país sofreu um atentado que deixou mortos
Em visita à Argélia, nesta quarta-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que a Grã-Bretanha trabalhará ao lado das forças do país norte-africano na luta contra o terrorismo. A visita ocorre duas semanas depois do ataque a um campo de gás de In Amenas, realizado por um grupo islamita, que deixou 37 reféns estrangeiros mortos, entre eles pelo menos três britânicos.
Cameron, primeiro líder britânico a visitar o país depois da independência, foi recebido no aeroporto de Argel pelo primeiro-ministro argelino Abbdelamalek Sellal. Durante a visita, que termina na quinta-feira, Cameron também se reunirá com o presidente argelino, Abdelaziz Buteflika. O objetivo é ajudar a Argélia a se defender em meio às crescentes ameaças terroristas na região.
“O ataque ao complexo de gás e a situação no Mali nos lembra da importância da parceria entre a Grã-Bretanha e os países da região. As maiores vítimas da ameaça terrorista são esses países”, ressaltou Cameron. A Grã-Bretanha deve oferecer acesso a dados de sua inteligência e ajuda especializada de seus conselheiros de segurança. Ainda não se sabe se as forças especiais britânicas vão treinar o Exército argelino.
Terrorismo – Em meados de janeiro, o sequestro de centenas de funcionários na usina de gás de In Amenas, na Argélia, chamou a atenção do mundo para a evolução da ameaça terrorista na região. O atentado, atribuído ao grupo islâmico Batalhão de Sangue, foi considerado uma reação dos rebeldes ao apoio do governo argelino à intervenção francesa no Mali.
No início desta semana, um representante de Mokthar Belmokthar, o terrorista que comandou o ataque à usina, fez ameaças à França, considerando o ataque ao complexo como um “sucesso” e prometeu mais ações contra os ocidentais no futuro. Análises de especialistas internacionais mostram que o perigo é ascendente e que o assunto é, cada vez mais, de interesse global.