Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Califórnia, Michigan e Vermont aprovam direito ao aborto em referendos

Decisão acontece poucos meses depois de Suprema Corte derrubar direito constitucional que garantia procedimento

Por Da Redação
9 nov 2022, 10h39
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Poucos meses depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubar o direito constitucional que garantia o aborto no país, colocando a decisão na mão dos estados, Califórnia, Michigan e Vermont aprovaram em referendo na terça-feira 8 o direito ao procedimento.

    No Kentucky, estado de maioria republicana, os resultados ainda não foram confirmados e projeções iniciais indicam que os eleitores estão divididos.

    Na terça-feira, as urnas foram abertas nos Estados Unidos para as eleições de meio de mandato de 2022, assim chamadas porque caem na metade do governo de um presidente – neste caso, de Joe Biden – e, portanto, são frequentemente vistas como uma validação sobre o titular. Além de referendos locais, como o caso do aborto, estão em jogo também todos os 435 assentos na Câmara dos Deputados, 35 dos 100 assentos no Senado, 36 governos estaduais, além de inúmeras outras disputas para autoridades locais e prefeitos.

    + Ameaça de retrocesso nos EUA reforça a urgência do debate sobre aborto

    No caso de Califórnia, Michigan e Vermont, a população foi perguntada durante a votação se concorda com a manutenção do direito ao aborto. Já no Kentucky, os cidadãos foram perguntados se rejeitam o direito.

    Nacionalmente, mais de 60% dos americanos defendem o direito legal ao aborto em todos, ou na maioria, dos casos, de acordo com uma pesquisa do Pew Research Center de junho.

    Continua após a publicidade

    Reeleito nesta eleição, o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, disse que o resultado do referendo é um “motivo de orgulho”, sendo um “ponto de partida e um ponto de contrataste em um momento de resultados tão divididos em todo o país”.

    + EUA: Sem esperada onda republicana, controle do Congresso continua incerto

    As decisões seguem o desejo da população do estado do Kansas, que em agosto expressou desejo de proteger o direito ao aborto, rejeitando uma proposta legislativa da ala mais à direita. A mensagem foi amplificada pelo fato do Kansas ser um estado majoritariamente conservador, com laços profundos com o movimento anti-aborto. O projeto de lei em questão teria permitido que o legislativo estadual, controlado pelo Partido Republicano, aumentasse as restrições ao acesso à saúde reprodutiva, ou proibisse o procedimento completamente.

    Atualmente, o aborto é proibido em ao menos 14 estados dos EUA e, como resultado, as pessoas em estados onde os abortos são restritos ou as clínicas são escassas têm sido forçadas a atravessar fronteiras estaduais para buscar tratamento. Muitos não têm condições de fazer a viagem – ou estão recorrendo a ONGs para ajudar com os custos.

    + Abertamente gay, filho de brasileiros tenta vaga na Câmara por Nova York

    Embora a Casa Branca seja limitada no que pode fazer para melhorar o acesso ao procedimento e aos direitos reprodutivos sem a ação do Congresso, defensores do aborto pediram às agências federais que facilitem o acesso às pílulas abortivas nos estados onde permanecem legais e instruam explicitamente os hospitais que recebem fundos federais para programas de saúde direcionados à população de baixa renda para fornecer medicamentos abortivos em casos com risco de morte.

    Em julho, Biden assinou uma ordem executiva orientando a agência de Saúde e Serviços Humanos a “tomar medidas” para proteger o acesso a medicamentos para aborto e atualizar as orientações para garantir que atendimentos de emergência não sejam afetados pelas restrições ao aborto.

    Também orientou o procurador-geral e o conselho da Casa Branca a convocar advogados particulares e organizações de interesse público para incentivar “representação legal robusta de pacientes, provedores e terceiros que buscam ou oferecem legalmente serviços de saúde reprodutiva em todo o país”. Por fim, orientou as agências a desenvolverem guias de instruções para os pacientes protegerem seus dados online para se protegerem de vigilância estadual.

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 73 milhões de abortos são realizados no mundo todo ano, 45% deles em condições inadequadas — consequência, quase sempre, de sua criminalização.

    Em pesquisa recente do Instituto Guttmacher com americanas que tiveram acesso ao serviço ao longo deste meio século de liberação, 63% disseram que isso lhes permitiu cuidar melhor de si mesmas e de suas famílias, 56% puderam se sustentar sozinhas e 51% conseguiram completar os estudos.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.