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Caixão de papa João Paulo II é retirado do túmulo

Fiéis poderão venerá-lo após beatificação a ser realizada por seu sucessor

Por Da Redação
29 abr 2011, 10h15

O caixão com os restos mortais de João Paulo II (1920-2005) foi retirado na manhã desta sexta-feira do túmulo que ocupava na cripta da Basílica de São Pedro e colocado sobre um catafalco coberto com um pano branco, diante da monumental tumba de São Pedro. O ataúde permanecerá no local até sábado, quando será levado ao Altar da Confissão da Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão venerá-lo após sua beatificação.

O papa João Paulo II será proclamado beato em 1º de maio durante uma cerimônia solene a ser celebrada pelo seu sucessor, Bento XVI, seis anos e um mês após sua morte. Centenas de milhares de pessoas são aguardadas na Praça de São Pedro – muitas delas provenientes da Polônia – para a beatificação do primeiro papa polonês da Igreja Católica, cuja contribuição para a queda do comunismo foi considera decisiva.

O pontífice morreu em 2 de abril de 2005 e sua beatificação será um evento histórico, já que nos últimos 10 séculos da Igreja Católica nenhum papa proclamou seu antecessor beato. Na Idade Média houve casos mais ou menos similares, como o de Pietro di Morrone, o eremita eleito papa com o nome de Celestino V em 1294 e que foi proclamado santo em 1313, 20 anos depois da sua morte, mas por seu terceiro sucessor. Já a santidade de Leão IX (1002-1045) e de Gregório VII (1020-1085) foi reconhecida imediatamente após seus falecimentos.

João Paulo II será proclamado beato depois que Bento XVI promulgou no dia 14 de janeiro deste ano o decreto que reconhece um milagre por sua intercessão. Trata-se da cura inexplicável pela ciência da freira francesa Marie Simon Pierre, de 51 anos, que sofria os sintomas de Parkinson desde 2001, a mesma doença que o papa teve. O processo foi aberto em 28 de junho de 2005 em Roma, cidade na qual morreu e na qual foi bispo durante 26 anos.

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A causa foi aberta por desejo de Bento XVI, sem esperar o período de cinco anos de sua morte, como estabelece o Código de Direito Canônico e como ocorreu com Madre Teresa de Calcutá, que foi beatificada seis anos e dois meses após sua morte. O anúncio foi recebido com grande alegria no mundo católico, onde ainda segue vivo o grito “santo súbito” que milhares de pessoas cantaram em 8 de abril de 2005 durante o funeral.

Celebração – Qualquer fiel poderá assistir à cerimônia, sem necessidade de reservar ingressos, ao lado de delegações oficiais de 51 países. Entre autoridades, estará o presidente do México, Felipe Calderón, o primeiro-ministro francês, François Fillon, assim como a primeira-dama da República Dominicana, Margarita Cedeño.

As celebrações serão realizadas na diocese de Roma e na Polônia, a primeira por ter sido bispo da Cidade Eterna e Polônia porque é seu país natal. Várias dezenas de cardeais participarão da celebração com Bento XVI e a comunhão será repartida por 800 sacerdotes, enquanto na praça de São Pedro e em bairros próximos serão instaladas 14 telas gigantes de televisão para acompanhar a cerimônia.

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Quando o papa for proclamado beato, um grande retrato de João Paulo II será levantado no balcão principal do templo e cantarão o hino do beato, em latim. Logo após, Bento XVI anunciará que a festividade litúrgica do beato será realizada em 22 de outubro, aniversário do começo de seu Pontificado (1978).

Após concluir a missa, o papa Bento XVI e os cardeais partirão em procissão da praça até o interior da basílica, onde se prostrarão perante o caixão de João Paulo II. Depois, os fiéis poderão se aproximar até o caixão para prestar homenagem ao papa que guiou a igreja durante quase 27 anos (1978-2005).

(Com agência EFE)

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