Caça sírio cai em mercado e deixa dezenas de mortos
O governo dos EUA autorizou que a Força Aérea do país apoie grupos que combatem o Estado Islâmico na Síria contra os jihadistas e também contra as tropas sírias

Pelo menos 27 pessoas morreram devido à queda de um caça de combate sírio sobre um mercado a cidade de Ariha nesta segunda-feira, noticia a rede britânica BBC. A cidade é um dos bastiões dos rebeldes que lutam contra a ditadura de Bashar Assad e vinha sendo frequentemente atacada por caças e tropas do regime de Damasco. A maior parte dos mortos era de civis que estava fazendo compras. Várias pessoas também ficaram feridas, mas o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), ONG que monitora a guerra civil no país, não conseguiu precisar o número exato. Até o momento, a Força Aérea Síria não comentou o episódio.
EUA treinam rebeldes – Os Estados Unidos autorizaram o uso da Força Aérea para defender, inclusive do regime, seus novos combatentes que treinam para lutar contra os jihadistas do Estado Islâmico. Embora essa decisão, autorizada segundo o The Wall Street Journal (WSJ) pelo presidente Barack Obama, eleve o risco de que o Exército americano entre em conflito direto com as tropas sírias, os funcionários americanos consultados pelo jornal consideram que o governo de Bashar Assad não vai entrar em confronto com a nova força.
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Essa decisão, segundo as fontes do jornal, pôs fim a um debate sobre o papel que o Exército americano deve desempenhar no apoio a seus “poucos aliados” no campo de batalha na Síria. O WSJ assinala que a nova força de recente criação que respalda os EUA na Síria se comprometeu a lutar contra o EI, e contra o regime. Segundo o jornal, o Ministério da Defesa dos EUA teve problemas para recrutar rebeldes para o novo programa de formação e equipar a força que iniciou no ano passado, em parte devido ao pedido para seus integrantes lutarem contra o Estado islâmico em vez de contra o regime de Assad. A maioria dos rebeldes vê o governo como seu principal inimigo.
A guerra civil na Síria, que matou mais de 220.000 pessoas, já dura mais de três anos e não há indicações de que o conflito esteja próximo do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do regime do ditador Assad estão paralisados. Os protestos contra o regime para tirar Assad do poder se transformaram em uma violenta guerra civil sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, sendo o Estado Islâmico o mais poderoso deles.
(Da redação)
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