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Bush, Clinton, Carter e Obama condenam violência no Capitólio

Ex-presidentes classificaram acontecimento como 'vergonha' e 'tragédia', além de acusarem mandatário de ter estimulado movimento

Por Da Redação
Atualizado em 7 jan 2021, 12h14 - Publicado em 7 jan 2021, 11h34

Após a invasão ao Capitólio por apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira 6, ex-presidentes americanos condenaram o acontecimento como “vergonha” e “tragédia”, além de acusarem o mandatário republicano de ter estimulado o movimento.

Entre os democratas, o ex-presidente Barack Obama (2009-2017) foi o primeiro a vir a público e condenar o evento. Em sua conta no Twitter, Obama disse que a “democracia e a própria verdade foram amplamente testadas”.

“Estaríamos nos enganando se tratássemos isso como uma surpresa total”, afirmou Obama, acrescentando que os distúrbios violentos foram “incitados” por Trump, “que continuou a mentir sem base sobre o resultado de uma eleição legal”.

Obama, que foi sucedido por Trump, também destacou o papel do Partido Republicano e de seus apoiadores na imprensa, os quais acusou de, “muitas vezes, não estarem dispostos a dizer a verdade a seus seguidores” sobre a vitória do democrata Joe Biden na eleição de 3 de novembro passado.

Já o ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) disse que o evento foi uma “agressão sem precedentes” às instituições americanas, “alimentada por mais de quatro anos de políticas envenenadas”.

“A centelha foi acendida por Donald Trump”, denunciou.

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Aos 96 anos, o ex-presidente democrata Jimmy Carter (1977-1981) disse ter ficado “preocupado” com o ocorrido na sede do Poder Legislativo americano, uma “tragédia nacional”. Ele pediu uma “solução pacífica”.

Para o ex-presidente republicano George W. Bush (2001-2009), as ações violentas de partidários de Trump no Capitólio e a interrupção, durante horas, da sessão de certificação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial foram situações dignas de uma “república bananeira”.

“É assim que são disputados os resultados eleitorais em uma república ‘bananeira’, não em nossa república democrática”, disse Bush, em uma nota sobre os distúrbios, os quais chamou de “insurreição”.

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A invasão de apoiadores do presidente em fim de mandato resultou na interrupção da certificação da vitória presidencial de Joe Biden por várias horas nesta quarta-feira. Os debates no Congresso só puderam ser retomados após a Guarda Nacional liberar o prédio, horas depois. Ao menos quatro pessoas morreram, mais de 50 foram presas e ao menos 14 policiais ficaram feridos. Muitos gabinetes foram invadidos e vandalizados.

Durante a madrugada desta quinta-feira, 7, o vice-presidente, Mike Pence, que presidia a sessão, certificou a vitória de Biden na eleição presidencial de novembro. O democrata derrotou Trump por uma ampla vantagem no Colégio Eleitoral. Foram 306 delegados a favor do democrata contra 232 para o republicano.

Pouco depois, Trump reconheceu o fim de seu mandato e afirmou que fará uma “transição ordenada” de poder, apesar de “discordar totalmente do resultado da eleição”.

Além de Pence, todos os estados americanos, inclusive os governados por republicanos, negaram a existência de fraude eleitoral e confirmaram o resultado das urnas – motivo pelo qual não é necessário o pronunciamento dos órgãos legislativos estaduais, como argumenta Trump.

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