Brexit pode “nunca acontecer”, diz secretário de Estado dos EUA
John Kerry afirmou que David Cameron "não tem a menor ideia" de como conduzir a saída do Reino Unido da União Europeia

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta terça-feira que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) pode nunca se concretizar, sugerindo que a maior parte dos defensores do Brexit não acreditam realmente em romper com o bloco nem sabem como atingir esse objetivo. Após uma visita ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, na segunda-feira, Kerry alegou que há diversas formas em que referendo da semana poderia “caminhar para trás”.
De acordo com o secretário, o líder britânico, que já anunciou sua renúncia para os próximos meses, “se sente incapaz de sair para negociar algo em que não acredita e não tem a menor ideia de como fazê-lo”. Além disso, o chefe da diplomacia americana afirmou que Cameron não quer ativar o artigo 50 do Tratado de Lisboa, com o qual se iniciaria o prazo de dois anos para concretizar a saída da UE.
Os líderes do bloco se reuniram nesta terça-feira, em Bruxelas, para iniciar a discussão acerca das circunstâncias em que o Brexit se dará. Vários presidentes insistiram que Cameron deve agir rápido para ativar o artigo 50 e começar as negociações, terminando de uma vez com a incerteza política e econômica que gerou o referendo britânico. Segundo um esboço do comunicado da reunião, os líderes europeus esperam que o Reino Unido permaneça um “parceiro próximo”, mas deixam claro que a relação futura será baseada em “direitos e obrigações”.
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Ao contrário do secretário americano, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que não vê “nenhuma maneira de reverter” a saída do Reino Unido da EU e que “não é o momento de criar expectativas, mas de assumir a realidade”. Merkel declarou que no jantar da cúpula, no qual Cameron deu explicações sobre o referendo, não foi comentada a possibilidade de Londres não ativar o artigo 50 para iniciar o processo de separação.
Embora o Conselho Europeu tenha sido realizado em um clima de tensão com o primeiro-ministro britânico, Hollande afirmou que “em volta da mesa não havia nenhuma vontade de humilhar o dirigente, porque isso significaria humilhar o povo britânico”.
(Da redação)
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