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Brasileiro condenado na Espanha guardava materiais da Al Qaeda e do EI

Polícia espanhola encontrou livro de recrutamento e desenhos de bandeiras terroristas e armas na casa de Kayke Luan Ribeiro Guimarães

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 abr 2018, 15h42

O brasileiro Kayke Luan Ribeiro Guimarães, que foi condenado na Espanha a 8 anos de prisão por envolvimento em organização terrorista, tinha livros de recrutamento da Al Qaeda e cadernos com desenhos da bandeira do Estado Islâmico e de armas em sua casa.

A policial espanhola apreendeu os materiais na casa de Guimarães em Tarrasa, na Catalunha, após sua prisão no final de 2014.

O jovem de 22 anos tentava atravessar a fronteira da Bulgária com a Turquia quando foi detido pela polícia local. Ele e dois amigos marroquinos pretendiam chegar à Síria para se juntar as fileiras do Estado Islâmico.

Kayke foi condenado a 8 anos de prisão junto com outros nove integrantes de uma célula terrorista formada na cidade de Tarrasa na última terça-feira. O grupo se autodenominava “Fraternidade Islâmica, grupo para a pregação da Jihad” e possuía integrantes espanhóis e marroquinos, além do brasileiro.

Segundo a sentença de condenação emitida por um tribunal da Audiência Nacional espanhola, o brasileiro era menor de idade quando se iniciou a investigação sobre a organização, em junho de 2014. Ele jogava basquete e frequentava uma escola de dança, mas deixou as atividades de lado quando se converteu ao islamismo e passou a apresentar comportamentos extremistas.

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Ao se converter, também adotou o nome de Hakim.

Em sua casa, foi encontrado um livro de recrutamento da organização terrorista Al Qaeda, que dava instruções sobre táticas de guerra e sobre como conduzir a jihad, termo usado para definir a guerra santa. Desenhos e anotações sobre o Estado Islâmico e armamentos também foram descobertos, segundo os documentos do tribunal.

Além do livro e dos desenhos, a polícia apreendeu uma carta que Kayke deixou para sua namorada antes de viajar para a Síria. “Perdoe-me por não ter cumprido minha promessa, mas é por uma causa maior e você sabe (Jihad). Você sempre será minha menina e a luz dos meus olhos. Não sei como me despedir de você, nem quero”, escreveu na mensagem.

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A carta foi encontrada na casa de outro integrante da célula, Taofiq Mouhouch. Kayke confirma ter deixado a mensagem, mas nega ter feito desenhos de apoio ao Estado Islâmico, de acordo com os autos da Justiça espanhola. Também desmente que estava indo à Síria para se juntar aos terroristas e afirma que pretendia ajudar mulheres e crianças no país.

O brasileiro é natural de Formosa, no Estado de Goiás. Antes da prisão, vivia com sua família na Catalunha e supostamente trabalhava no ramo de hotelaria. Os familiares de Kayke negam sua relação com o terrorismo e, segundo a emissora GloboNews, vão recorrer da sentença decretada nesta terça.

Em nota, o Itamaraty afirmou que vem acompanhando o caso do jovem desde a sua prisão em 2014 e que Kayke contou com advogado particular desde o início de seu processo.

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