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Brasil é mau exemplo no combate à Covid-19, insinua premiê da Rússia

Nos últimos sete dias, as autoridades brasileiras registraram quase quatro vezes mais casos por 100.000 habitantes que as suas contrapartes russas

Por Da Redação
Atualizado em 22 jul 2020, 16h15 - Publicado em 22 jul 2020, 15h55

O primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, defendeu nesta quarta-feira, 22, a gestão de seu governo perante a pandemia da Covid-19, citando o Brasil e os Estados Unidos como exemplos de países onde a crise sanitária está mais grave.

“A Rússia lida com o novo coronavírus melhor do que muitos países. O número de pacientes por mil habitantes em nosso país é duas vezes inferior aos dos Estados Unidos, Brasil e outras nações”, disse Mishustin ao Parlamento russo.

Segundo estimativa do The New York Times, que calcula o impacto proporcional da Covid-19 em casos por 100.000 habitantes, a afirmação do premiê russo é praticamente verídica.

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O Times afirma que, desde o início da pandemia, o Brasil relatou pouco mais de 1.030 casos da Covid-19 por 100.000 habitantes, e a Rússia apenas 545 — os Estados Unidos têm quase 1.200.

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Se considerados apenas os últimos sete dias, indicador da tendência de crescimento do número de casos, os russos se saem ainda melhor. As autoridades brasileiras registraram quase quatro vezes mais novos casos por 100.000 habitantes que as suas contrapartes russas durante os últimos sete dias: 111 contra 30. No mesmo período, os americanos relataram mais 142 por 100.000 habitantes.

“A experiência no combate ao novo coronavírus mostrou que nosso sistema de saúde pode se mobilizar contra qualquer ameaça séria”, insistiu Mishustin.

Mishustin também defendeu que todas as medidas adotadas pelo governo desde o início da crise sanitária — dentre elas a criação de um período de férias remuneradas com subsídio do Estado entre final de março e início de maio — foram “oportunas e corretas” e “permitiram salvar milhares de vidas”.

Dentre as cerca de 790.000 pessoas que contraíram a Covid-19 na Rússia desde o início da pandemia, em torno de 43.000 faleceram.

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Subnotificação

O governo da Rússia, encabeçado pelo presidente, Vladimir Putin, porém, é acusado desde o final de março pela oposição de subnotificar os surtos da Covid-19.

“É muito fácil manipular” os dados, disse Anastasia Vasilyeva, médica associada ao líder opositor Alexei Navalny. Segundo a médica, autoridades registraram a primeira morte na Rússia de um paciente contaminado pelo novo coronavírus como decorrência de trombose.

Além disso, enquanto que o primeiro caso da Covid-19 na Rússia foi registrado apenas em 31 de janeiro, o número de casos de pneumonia cresceu em 37% em Moscou durante aquele mês em relação ao mesmo período em 2019. Em dimensão nacional, os casos de pneumonia cresceram 3% em janeiro.

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(Com EFE)

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