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Brasil condena Colômbia, não as Farc nem Chávez

Por Guilherme Amorozo
4 mar 2008, 08h00

Depois de dois dias de silêncio, o governo brasileiro finalmente se manifestou de forma oficial sobre a crise diplomática entre Colômbia e Equador nesta segunda-feira, no final do dia. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, condenou a ação das tropas colombianas que mataram Raúl Reyes, o número 2 das Farc, no sábado, em território equatoriano. Entretanto, não falou palavra sequer sobre as ligações entre os narcoterroristas e o governo do Equador – demonstrada em documentos apreendidos por Bogotá. Menos ainda sobre o reação impulsiva do caudilho venezuelano Hugo Chávez, de deslocar tropas para a sua fronteira com a Colômbia -o mesmo Hugo Chávez que teria doado 300 milhões de dólares para as Farc, segundo mais documentos apresentados pelo governo colombiano na segunda.

Instado a manifestar qual é a posição oficial do governo brasileiro na disputa, Amorim atacou a Colômbia. Classificou “a violação territorial do Equador” como “extremamente grave, pois fere um dos pilares das relações internacionais e coloca em situação de insegurança todos os estados da região, especialmente os menores”. E ainda exigiu de Bogotá uma retratação pública – algo que o governo colombiano já fez ao admitir que operou em território alheio. “O caso merece um pedido de desculpas mais explícito”, disse.

Sobre o fato de a operação colombiana ter sido organizada para caçar um dos chefes do maior grupo terrorista em operação no continente, Amorim não comentou. Questionado três vezes sobre o papel de Chávez na crise – inclusive a respeito da acusação de que a Venezuela teria repassado 300 milhões de dólares às Farc -, Amorim se esquivou. Preferiu ignorar o coronel de Caracas, declarando que “o foco é a questão bilateral”, ou seja, entre a Colômbia e o Equador.

Para desviar o foco das incômodas perguntas, o chanceler brasileiro afirmou que o Brasil vai perseguir uma solução negociada para o atrito, com a mediação da Organização dos Estados Americanos (OEA). Sugeriu ainda que a entidade crie uma comissão de investigação, destinada a verificar o que houve, de fato, entre Colômbia e Equador no último sábado.

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