Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Bombardeios prosseguem na Síria; governo nega ter usado tanques em Treimsa

Por Da Redação
15 jul 2012, 13h49

O governo sírio negou neste domingo que tenha ocorrido um massacre em Treimsa (centro), onde na quinta-feira morreram ao menos 150 pessoas, segundo opositores, num momento em que o exército seguia bombardeando bastiões rebeldes.

As tropas do regime sírio não utilizaram helicópteros nem artilharia pesada na operação sangrenta de quinta-feira em Treimsa, afirmou neste domingo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdesi, que negou que tivesse ocorrido um “massacre”.

O exército “utilizou transportes de tropas do tipo BMB, armas leves, lança-foguetes. Não recorreu a aviões, nem a tanques, nem a helicópteros e nem a artilharia”, disse Makdesi em uma coletiva de imprensa.

“Falar de recurso à artilharia pesada carece completamente de fundamento”, insistiu.

Em uma nota dirigida ao Conselho de Segurança da ONU, o mediador Kofi Annan denunciou o uso em Treimsa “de artilharia, de tanques e de helicópteros”, confirmado pelos observadores das Nações Unidas, e considerou que se tratava de uma violação do plano de paz oficialmente aceito por Damasco.

“A carta de Kofi Annan foi muito precipitada e não se baseia nos fatos”, disse Makdesi.

Segundo ele, “não ocorreu um massacre. O que aconteceu (é que) ocorreram combates com grupos armados que ignoraram o plano (do emissário internacional) Kofi Annan para resolver a crise na Síria”.

Continua após a publicidade

“Grupos terroristas atacaram a aldeia e instalaram sedes de comando, aterrorizaram e torturaram os habitantes”, disse.

“Não foi um ataque do exército contra civis, mas combates entre o exército regular e grupos armados”, insistiu.

A oposição e alguns países classificaram de “massacre” o ocorrido em Treimsa. No sábado, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, falou de “tentativa de genocídio”.

A missão de observação da ONU na Síria havia indicado no sábado que o ataque do exército sírio em Treimsa “parecia dirigido contra grupos e casas específicas, em sua maioria de desertores e militantes”.

Segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, mais de 150 pessoas, entre elas dezenas de rebeldes, morreram na quinta-feira em Treimsa.

A violência deixou neste domingo pelo menos 55 mortos (25 civis, 12 combatentes rebeldes e 18 soldados), após os 115 falecidos de sábado, segundo o OSDH.

Continua após a publicidade

Depois de bombardeios intensos nos últimos dias, vários moradores de Qousseir, uma cidade fronteiriça com o Líbano controlada há meses pelo Exército Sírio Livre (ESL), escavaram refúgios em suas casas e lojas.

Por sua vez, quase seis horas de bombardeios intensos na noite de sábado foram ouvidos cerca de 30 km a oeste de Aleppo, a grande cidade do norte da Síria, constatou um jornalista da AFP.

Neste domingo, a opositora Comissão Geral da Revolução Síria indicou que quatro pessoas morreram em Aleppo perto de uma escola, vítimas de disparos de obuses.

No campo diplomático, o presidente russo Vladimir Putin se reunirá na terça-feira em Moscou com Annan com a esperança de dar um impulso ao plano de paz para resolver a crise no país, anunciou neste domingo o Kremlin. “A Rússia ressaltará seu apoio ao plano de paz de Kofi Annan”, acrescentou.

Também está previsto que o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, viaje na próxima semana à China, que, junto com a Rússia, bloqueia qualquer resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o regime sírio de Bashar al-Assad.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.